domingo, 18 de abril de 2010

HOMENAGEM A LOBATO

Salve Monteiro Lobato!! Salve a Literatura Infantil Brasileira!! A paz em sementes de Emília, de Visconde de Sabugosa!!! No dia das Letras Infantis, 18 de abril, vamos prestar uma homenagem ao grande Mestre da nossa lietratura Infantil: Monteiro Lobato. Na arquitetura da ficção lobatiana temos uma famosa boneca de pano que fala, um Sabugo que vira Visconde, um mundo maravilhoso que nos faz hóspedes incansáveis em busca de novas aventuras, em busca do espanto da criação... Nós, adultos, nos tornamos crianças e passamos a fazer parte deste universo acreditando nas suas façanhas e descobertas... Para revisitar esse mundo mágico de pura fantasia, vou deixar, para vocês, dois fragmentos relativos a criação da Emília, por tia Anastácia, e a criação do Visconde de Sabugosa, por Pedrinho, passagens incluídas no livro "Reinações de Narizinho". Acolham esses personagens com o vigor da infância nutrindo o imaginário de cada um de vocês!! Tenham um domingo abençoado!! Um abraço de feliz dia nacional da Literatura Infantil,
Fátima Miguez


"Dona Benta, de fato, nunca dera crédito às histórias maravilhosas de Narizinho. Dizia sempre "Isso são sonhos de crianças." Mas depois que a menina fez a boneca falar, Dona Benta ficou tão impressionada que disse para a boa negra: "_ Isso é um prodígio tamanho que estou quase crendo que as outras coisas fantásticas que Narizinho nos contou não são simples sonhos."
_ Eu também acho, Sinhá. Essa menina é levada da breca. É bem capaz de ter encontrado por aí alguma varinha de condão, qua alguma fada tenha perdido... Eu também não acreditava no que ela dizia, mas depois do caso da boneca fiquei até transtornada da cabeça. Pois onde é que já se viu uma coisa assim, Sinhá, uma boneca de pano, que eu mesma fiz com estas pobres mãos, e de um paninho tão ordinário, falando, Sinhá, falando que nem uma gente!... Qual, ou nós estamos caducando ou o mundo está perdido..."

"Pedrinho fez como Lúcia pediu. Arranjou um bom sabugo, ainda com umas palhinhas no pescoço que fingiam muito bem de barba, botou-lhe braços e pernas, fez cara com nariz, boca, olhos e tudo _ e não esqueceu de marcar-lhe a testa com um sinal de coroa de rei. Depois enterrou-lhe na cabeça uma cartolinha e lá se foi com ela à casa da boneca."

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