quinta-feira, 29 de outubro de 2009

MANISFESTO POR UM BRASIL LITERÁRIO

O Instituto C&A, se somando às proposições da Associação Casa Azul – organizadora daFesta Literária Internacional de Paraty -, à Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, ao Instituto Ecofuturo e ao Centro de Cultura Luiz Freire, manifesta sua intenção de concorrer para fazer do País uma sociedade leitora. Reconhecendo o êxito já conferido, nacional  e internacionalmente à FLIP, o projeto busca estender às comunidades, atividades mobilizadoras que promovam o exercício da leitura literária. Reconhecemos como princípio o direito de todos de participarem da produção tambémliterária. No mundo atual, considera-se a alfabetização como um bem e um direito. Isto se deve ao fato de que com a industrialização as profissões exigem que o trabalhador saiba ler.No passado, os ofícios e ocupações eram transmitidos de pai para filho, sem interferência da escola.
Alfabetizar-se, saber ler e escrever tornaram-se hoje condiçõesimprescindíveis à profissionalização e ao emprego. A escola é um espaço necessário para instrumentalizar o sujeito e facilitar seu ingresso no trabalho. Mas pelo avanço das ciências humanas compreende-se como inerente aos homens e mulheres a necessidade de manifestar e dar corpo às suas capacidades inventivas.
Por outro lado, existe um uso não tão pragmático de escrita e leitura. Numa época em que a oralidade perdeu, em parte, sua força, já não nos postamos diante de narrativas que falavam através da ficção de conteúdos sapienciais, éticos, imaginativos. É no mundo possível da ficção que o homem se encontra realmente livre para pensar, configurar alternativas, deixar agir a fantasia. Na literatura que, liberto do agir prático e da necessidade, o sujeito viaja por outro mundo possível. Sem preconceitos em sua construção, daí sua possibilidade intrínseca de inclusão, a literatura nos acolhe sem ignorar
nossa incompletude. É o que a literatura oferece e abre a todo aquele que deseja entregar-se à fantasia.
Democratiza-se assim o poder de criar, imaginar, recriar, romper o limite do provável. Sua fundação reflexiva possibilita ao leitor dobrar-se sobre si mesmo e estabelecer uma prosa entre o real e o idealizado.A leitura literária é um direito de todos e que ainda não está escrito. O sujeito anseia por conhecimentos e possui a necessidade de estender suas intuições criadoras aos espaços em que convive. Compreendendo a literatura como capaz de abrir um diálogo subjetivo entre o leitor e a obra, entre o vivido e o sonhado, entre o conhecido e o ainda por conhecer; considerando que este diálogo das diferenças – inerente à literatura – nos confirma como redes de relações; reconhecendo que a maleabilidade do pensamento concorre para a
construção de novos desafios para a sociedade; afirmando que a literatura, pela sua configuração, acolhe a todos e concorre para o exercício de um pensamento crítico, ágil e inventivo; compreendendo que a metáfora literária abriga as experiências do leitor e não ignora suas singularidades, que as instituições em pauta confirmam como essencial para o País a concretização de tal projeto.
Outorgando a si mesmo o privilégio de idealizar outro cotidiano em liberdade, e movido pela intimidade maior de sua fantasia, um conhecimento mais amplo e diverso do mundo ganha corpo, e se instala no desejo dos homens e mulheres promovendo os indivíduos a sujeitos e responsáveis pela sua própria humanidade. De consumidores passa-se a investidores na artesania do mundo. Por ser assim, persegue-se uma sociedade em que a qualidade da
existência humana é buscada como um bem inalienável.
Liberdade, espontaneidade, afetividade e fantasia são elementos que fundam a infância. Tais substâncias são também pertinentes à construção literária. Daí, a literatura ser próxima da criança. Possibilitar aos mais jovens acesso ao texto literário é garantir a presença de tais elementos – que inauguram a vida – como essenciais para o seu crescimento. Nesse sentido é indispensável a presença da literatura em todos os espaços por onde circula a infância. Todas as atividades que têm a literatura como objeto central serão promovidas
para fazer do País uma sociedade leitora. O apoio de todos que assim compreendem a função literária, a proposição é indispensável. Se é um projeto literário é também uma ação política por sonhar um País mais digno.


Bartolomeu Campos de Queirós


Junho de 2009
 
Os projetos podem ser enviados até dia 06 de novembro.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

PRIMAVERA DA SALA DE LEITURA

Olá pessoal!

Uma mensagem especial para vocês da Sala de Leitura!
Beth Almeida 4ª CRE - Sala de leitura Polo Leonel Azevedo


Querid@s tod@s,
Hoje é um dia muito especial para mim.
Amanheci pensando na Maratona de histórias acontecida ontem.
Pensando no quanto custou colocar o Leitura na Praça nas praças do Rio
transformando a Cidade Maravilhosa num Rio de leitores.
Amanheci pensando no trabalho de Sala de Leitura,
lembrando de nossas lutas diárias,
do trabalho de formiguinha operária
carregando junto as “cigarras cantadoras”
da fábula tão bem representada ontem por nossas crianças.
Amanheci pensando nos “nossos meninos”,
tantas vezes, e cada vez mais, “nossos” que de suas famílias
ali, contando, cantando, dançando e representando
a literatura qual Quixotes apaixonados.
Amanheci pensando nos artistas mirins fazendo “artes primaveris”,
sendo agentes de alegria e cores da Primavera
que abriu generosamente o céu para que o sol pudesse nos aquecer
e iluminar, como aquecemos e iluminamos nossas escolas com a literatura.
Amanheci pensando na poesia
que tentamos todos os dias acordar nos corações da escola,
pelo “vento soprador de histórias”
pelo teatro de bonecos, pela contação
da nossa barraca desmoronada.
Ontem meu coração ficou em festa!
Foi o nosso dia!



O Dia da Primavera da Sala de Leitura!

MARATONA DE HISTÓRIAS DA 4ª CRE

Histórias de rir ou de chorar, de ter medo ou de arrepiar, histórias pra dormir e pra sonhar... Leitores de todas as idades podem participar!
Numa semana de tantas comemorações, com o dia das crianças, o dia dos professores e o dia da leitura, que tal aproveitarmos a ocasião para uma semana diferente, onde alunos, professores e livros de literatura se encontrem num grande presente construído e partilhado por todos?
O evento na 4ª CRE aconteceu no dia 14/10, no Parque Manoel Bandeira – Cocotá – Ilha do Governador

MARATONA DE HISTÓRIAS DA 2ª CRE

A Maratona de história da 2ª CRE foi um evento que visa divulgar a leitura, através de narrativas, contação de histórias, peças teatrais, exposição de livros e de trabalhos de artes. O nosso tema foi um Mar de Histórias, aconteceu no Instituto Pão de Açúcar em Vila Isabel. O sucesso de nossa Maratona é fruto do trabalho de alunos e professores das nossas escolas.
Contribui também para formação de leitores e para a construção de hábitos de leitura em crianças, jovens e adultos. Por meio de atividades desse tipo podemos disseminar o hábito da “leitura por prazer”.
A escola em articulação com a Sala de Leitura tem um papel fundamental no incentivo à leitura para uma educação de qualidade, crítica, transformadora e para a emancipação social do cidadão.
Maratona de Histórias - 2ª CRE - 2009
Escola Prudente de Moraes - Sala de Leitura - Profª Ana Celeste






quarta-feira, 21 de outubro de 2009

SALA DE LEITURA ESCREVENDO A SUA HISTÓRIA !!!

Escreva sua história
Escreva sua história na areia da praia
Para que as ondas a levem através dos sete mares
Até tornar-se lenda na boca de estrelas cadentes.
Conte sua história ao vento.
Cante-a nos bares para os rudes marujos
Aqueles cujos olhos são faróis sujos, sem brilho.
Escreva no asfalto, com sangue,
Grite bem alto a sua história,
Antes que ela seja varrida na manhã seguinte pelos garis.
Abra o peito na direção dos canhões!
Suba nos tanques de Pequim!
Derrube os muros de Berlim!
Destrua as catedrais de Paris!
Defenda sua palavra.
Claufe Rodrigues

MARATONA DE HISTÓRIAS - 3ª CRE

MARATONA DA 3ª CRE - PARTE 2


Aconteceram muitas atividades, com a participação de mais de 500 pessoas durante o dia...

terça-feira, 20 de outubro de 2009

MARATONA NA 3ª CRE


O evento contou com a participação das escolas da 3ª CRE onde professores, pais e alunos desfrutaram das 10 às 16 horas de atividades como: contação de histórias, dramatizações, teatro de fantoches, jograis e ciranda de histórias.


Quem passava pelo local pode visitar as 3 tendas onde os trabalhos de alunos estavam expostos e ouvir histórias embaixo da árvore de livros.

A MARATONA CRESCEU...

A Maratona cresceu!


A Lei nº 11.889 de 2008, publicada no dia 9 de janeiro de 2009, no Diário Oficial da União, instituiu o Dia Nacional da Leitura, a ser comemorado em 12 de outubro, sendo a semana em que recair o dia 12, a Semana Nacional da Leitura e da Literatura.

Também em 2009, no dia 28 de abril, foi oficialmente lançado, na Rede Municipal, o projeto “Rio, uma cidade de Leitores”, ampliando de modo significativo as ações até então desenvolvidas em prol da promoção da leitura e da formação de leitores. Foram criadas a Comissão Carioca de Leitura, a Biblioteca Pessoal do Professor, o concurso de Projetos de Promoção da Leitura, entre outras boas novidades.

Neste cenário, encontramos o ambiente propício para escrever mais um capítulo dessa história: a Maratona passaria, então, a ser a principal ação da Rede para comemorar a Semana Nacional da Leitura e da Literatura.

MARATONA DE HISTÓRIAS

Era uma vez, uma idéia...


Há 5 anos surgia a proposta de mobilizar todas as escolas, creches e demais unidades que integram a Rede Pública Municipal de Ensino na realização de uma grande homenagem ao livro, à leitura e aos leitores, por meio de um movimento inédito de partilha de histórias, ao longo de um dia letivo, envolvendo os professores, alunos, funcionários, pais e a comunidade do entorno.

Foi assim, que num dia 31 de outubro, realizamos nossa 1ª Maratona: alunos contando histórias para professores, professores ouvindo histórias lidas pelos pais, funcionários distribuindo poesias pelos corredores, enfim, uma festa!

Muitos relatos foram enviados, contando o sucesso do movimento em algumas escolas. Mas a Maratona precisava crescer, ganhar novas adesões, envolver mais leitores e atrair ainda mais os leitores iniciantes.

Partimos para o segundo ano, ampliando a participação das CRE e do Nível Central: histórias lidas pelos corredores e nas filas dos bancos e outros locais de espera, textos compartilhados na hora do almoço, troca-troca de livros... E o movimento foi crescendo, crescendo, a ponto da sugestão de ampliar a maratona para dois dias virar uma realidade.

Passamos a realizar a Maratona em dois dias: 30 de outubro - Maratona nas escolas, creches e nas CRE e no dia 31 - Maratona no Nível Central.

Tendas Literárias apresentando histórias de diferentes tipos, autores, ilustradores e contadores de histórias convidados, árvore de livros, alunos e professores se revezando em apresentações diversas, além do já tradicional concurso de cartazes sobre a Maratona são alguns rápidos flashes de uma linda história escrita a muitas mãos...


quinta-feira, 15 de outubro de 2009

DIA DO PROFESSOR

Verdades da Profissão de Professor




Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.






A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.


(Paulo Freire).