segunda-feira, 30 de novembro de 2009

MARATONA NA E. M. FRIEDENREICH - 2ª CRE

Esta foi a Maratona de Histórias da EM Friedenreich que aconteceu dia 4/11. Este ano o tema foi Monteiro Lobato, que é o nome da SL. Contamos com o apoio de duas professoras que se caracterizaram de Narizinho e Emília, ambas contaram histórias de Monteiro Lobato. A coordenadora se caracterizou de Cuca e contou histórias do Folclore.
A parte externa era o quintal do Sítio. Havia Gibis, livros de Monteiro e pnos livros, na árvore, de personagens do Sítio.
Andrea Neves - Sala de Leitura

PREMIAÇÃO DA MARATONA DE EUCLIDES DA CUNHA


1) Vanessa de Oliveira - E.M. Barão da Taquara - 7ª CRE
Orientadora : Lilian dos Santos de Mello Gonçalves - Profª de História
2) Mizael Albuquerque - E.M. Reverendo Martin Luyher King - 2ª CRE
Orientadora: Lilia Márcia de Almeida - Profª de SL
3) Larissa Oliveira de Souza - CIEP carlos Drummond de Andrade - 7ª CRE
Orientadora: Ana Paula Apolônia da Costa - Profª de SL
4) Rosilaine Lima Batista Felix - E.M. Alcide de Gasperi - 3ª CRE
Orientadora: Fernanda Samel López - Profª de LP
5) Jackeline Souza de Carvalho - E.M. Pracinha João da Silva - 8ª CRE
Orientadora: Rosa Maria Pinto de Souza - Profª de SL
Menção Honrosa - Maria de Fátima Silva - CREJA
Orientadora: Nema Maria Macedo de Andrade - Profª de LP



quarta-feira, 25 de novembro de 2009

HOJE FOI UM DIA DE FORTES EMOÇÕES!

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A primeira delas foi a alegria de reencontrar Simone, sorridente e forte depois de um período de fragilidade na sua saúde. Não foi só a pessoa que reencontramos, mas uma companheira com quem sentimos grande prazer em compartilhar nossas conquistas, alguém que nunca se colocou acima, mas junto de nós, no campo de trabalho. Lá estavam muitos companheiros de jornada diária na promoção da leitura. Além dos professores de SL, estava também boa parte da competente equipe da Mídia, valentemente coordenada por Catharina na ausência de Simone, companheiras também, que lutam, vibram, organizam e compõem conosco um corpo de trabalho forte e que tem dado um importante e significativo suporte nos projetos de trabalho, em especial os de leitura, mesmo que às vezes pareça insuficiente diante de tantas demandas.

A segunda delas foi ver nossos menin@s ali, vitoriosos, desfrutando do sucesso de sua competência e formação na/da escola pública de qualidade que a grande mídia se furta em divulgar, preferindo expor nossas feridas, que temos consciência de existirem, mas que não é maioria em nossas 1068 escolas. No meio dos meninos estava a aluna do CREJA acompanhada pela filha, que com certeza teve muito orgulho em ver sua mãe fazendo sucesso na escola. Para algumas pessoas pode ser surpreendente a qualidade dos trabalhos apresentados, mas para nós que militamos no dia a dia com eles, isso é alimento, reposição de energia e esperança.
A terceira e – desculpem minha sinceridade! – mais forte emoção da manhã, foi a apresentação espetacular dos meninos da E. M. Cuba, magnificamente preparados pela professora Vera Lúcia, a nossa “Capitu”. As palavras da Secretária – “foi a melhor exibição que assisti em toda a rede” – nos encheram de alegria e satisfação. Ela, que vem de fora, pode se surpreender. Mas nós da Polo, que acompanhamos o trabalho e as lutas de nossas Satélites “já sabíamos” do sucesso. Eles foram mesmo maravilhosos! Foram mesmo espetaculares! Foram mil!
A Sala de Leitura está por trás do sucesso da Maratona Euclides da Cunha, não só na orientação direta – 3 dos 5 primeiros colocados foram orientados pelo professor de SL – mas também pelo suporte na pesquisa e na produção em geral. É um trabalho de raiz, de competência, de informação, mas sobretudo de formação. Formação de leitores críticos, formação de leitores cidadãos.
Parabéns menin@s, parabéns Verinha! Vocês não deixam a gente desistir! Obrigada!
Elizabeth Almeida - 4ª CRE - Polo Leonel de Azevedo




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terça-feira, 24 de novembro de 2009

ENQUANTO ISTO ACONTECIA EM VILA ISABEL...

Lá na E.M. Argentina, pólo da 2ª CRE, as professoras construíram o Cordel da Sala de Leitura, que ficou sensacional...


A Sala de Leitura


Venham todos minha gente
Descobrir esse mundão
Viajar pelas historias,
que não tem fronteira não
Conhecer este cordel
Feito com muita paixão
Sala de Leitura é boa
Um espaço genial
Tem cantiga, tem ciranda
Tem poesia no varal
Tem castelos e princesas
Piratas e perna-de-pau
Professora competente
Traz magia e sedução
E os alunos animados
Participam com emoção
Este espaço é da escola
Segure seu coração!



autoras: Tereza Haido, Sandra Lopes, Andrea Neves, Ilda Viegas, Claudia e Fátima

CIRANDA DE OFICINAS

Neste ano, tivemos a oportunidade de participar do projeto CIRANDA DE OFICINAS, elaborado pela Gerência de Mídia – Educação. Foram cinco encontros de oito horas, onde a partir de atividades de mediação de leitura e formação de leitores podemos “pensar” coletivamente em nosso “fazer” cotidiano. A principal idéia deste projeto é fazer a “Ciranda Rodar”, como disse Simone Monteiro. As Salas de Leitura Polo rodariam para as Satélites, durante os Centro de Estudos das Salas de Leitura e estas para as escolas... Trabalhamos os Contos de Fada, Fábulas, Mar de Histórias, Poesias e Contação de Histórias com a Denise Silva professoras do projeto Letras de Luz. Depois as oficinas foram com os professores do TEAR, então vimos a Literatura de Cordel, Contos Populares, Contos Africanos, Caetano Velloso, Patativa do Assaré e Guimarães Rosa com o Sergio Andrade. Desenvolvemos atividades sobre os uso da mídia e leitura de imagens com jornal, fanzines e blogs para os adolescentes com a Camila. E finalmente entramos de cabeça e corpo da Idade Média a partir das Aventuras do Rei Arthur com a Maria Clara ou melhor Rainha Morgana. Vimos também o uso de histórias em quadrinhos. Foram muito ricos os encontros e por isso deu tantos resultados positivos.


Nas fotos abaixo, está o repasse da Ciranda para as Salas Satélites da 3ª CRE, no pólo da E.M. Rio Grande do Sul estávamos trabalhando Literatura de Cordel, com técnicas de xilogravura...


terça-feira, 17 de novembro de 2009

RESULTADO DA MARATONA EUCLIDES DA CUNHA

Divulgamos o resultado da Maratona Escolar Euclides da Cunha e queremos parabenizar nossos alunos, professores, escolas e CRE pela participação em todo o processo. Foi com muita alegria que recebemos elogio da Academia Brasileira de Letras pelo alto nível das redações enviadas para a seleção.

Foram enviadas para a ABL 32 redações das 109 recebidas das CRE e CREJA e os Acadêmicos selecionaram 05, de acordo com o Edital, concedendo, ainda, menção honrosa para uma das redações do CREJA.

Os vencedores do concurso de redação são:
Nome do aluno: Vanessa de Oliveira
Professor orientador: Lílian dos Santos de Mello Gonçalves
Escola:Escola Municipal Barão da Taquara – 7ª CRE

Nome do aluno: Mizael Albuquerque
Professor orientador: Roberta Andrade do Nascimento
Escola: Escola Municipal Reverendo Martin Luther King – 2ª CRE


Nome do aluno: Larissa Oliveira de Souza
Professor orientador: Ana Paula Monteiro Apolônia da Costa
Escola: CIEP Carlos Drummond de Andrade – 7ª CRE


Nome do aluno: Rosilaine Lima Batista Felix
Professor orientador: Fernanda Samel López
Escola: Escola Municipal Alcide de Gaspire – 3ª CRE


Nome do aluno: Jackeline Souza de Carvalho
Professor orientador: Rosa Maria Pinto de Souza
Escola: Escola Municipal Pracinha João da Silva – 8ª CRE


MENÇÃO HONROSA
Nome do aluno: Maria de Fátima Silva
Professor orientador: Nena Maria Macedo de Andrade
Escola: Centro Municipal de Referência de Educação de Jovens e Adultos


A cerimônia de premiação acontecerá no próximo dia 25/11, às 10h, na Academia Brasileira de Letras e convidamos para o evento os alunos, professores e direções das escolas das 32 redações enviadas à Academia, bem como os Coordenadores de CRE, Gerentes das GED, representantes das Salas de Leitura Polo e representantes do Nível Central.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

SUGESTÃO DE TEXTO PARA A RODA DE LEITURA DO CENTRO DE ESTUDOS

Este texto sobre a polêmica da semana, Caetano Veloso referindo a Lula como analfabeto,  será um deleite para a roda de leitura do Centro de Estudos.
Vejam como tem tudo a ver com o nosso trabalho como educadoras e como promotoras de leitura.
O texto foi escrito originalmente no blog: http://oleododiabo.blogspot.com por Miguel do Rosário no dia 06 de novembro de 2009.
Sem dúvida alguma um texto antológico!!!
Caetano e os analfabetos



A história ensina a não confiar nos artistas. A quantidade de artistas que aderiram às teses de Mussolini, alguns mesmos tornando-se verdadeiros heróis do Il Duce, como o poeta D'Annunzio, já mostra que um artista entende tanto de política quanto de matemática. Por acaso, há artistas que entendem de política, como há artistas que talvez entendam de matemática; mas trata-se, por assim dizer, de coincidências.
Nosso alegre boêmio, Augusto Frederico Schmidt, por exemplo, apoiou o golpe de Estado de 1964, ou pelo menos foi isso que os jornais deram a entender, quando publicaram manchete com uma frase sua favorável ao regime. Céline teve que esperar alguns anos antes de poder retornar a França, pois havia sido condenado à morte por causa de sua posição dúbia - em alguns momentos até favorável - quanto ao nazismo; e o incomparável Knut Hansum, que escrevera o romance mais doloroso do século XX, A Fome (que traz a descrição mais humana, mais viva e mais autêntica da fome, segundo Josué de Castro), filiou-se entusiasticamente ao partido nazista, recebendo, inclusive, condecorações!
Portanto, não estranhem quando um grande artista como Caetano Veloso dá voz a preconceitos tão mesquinhos, como fez na entrevista ao Estadão, na qual declarou que "votava em Marina porque ela não era analfabeta como Lula".
Dias depois, o "cafona", o "grosseiro", era, pela enésima vez, recebido pela rainha da Inglaterra, que tinha um sorriso sincero e admirativo no rosto. O analfabeto estava lá para receber um prêmio internacional da Chatham House... O Primeiro Mundo nem sempre foi o mar de rosas pacífico, limpo e desenvolvido que gostamos de imaginar. Inglaterra, França e EUA já viveram fome, guerra, miséria, revoluções, e aprenderam que somente superaram suas dificuldades em virtude da sabedoria, criatividade e força dos homens simples, dos homens do povo.
Afinal, o que é ser "analfabeto" para Caetano? Sua crítica, aliás, está na boca de muita gente. Há uma consciência de classe muito específica aqui. Sim, porque, a questão não é saber ler ou não, pois Lula sabe ler muito bem. A questão é possuir uma determinada cultura, mas qual é, exatamente, essa cultura? São os clássicos? Lula deveria ter lido a Ilíada, de Homero? Aí entramos numa situação curiosa. É que Homero era, ele sim, um analfabeto, embora no caso dele não seria possível outra condição, porque, segundo a maioria dos pesquisadores, o alfabeto grego ainda não fora inventado. Andei lendo bastante sobre isso, e descobri que uma das teorias mais respeitadas entre os estudiosos é que a pessoa que inventou o alfabeto grego (que é uma cópia do fenício, adaptada ao vocabulário grego) o fez justamente para anotar os versos de Homero. A seguinte cena deve ser imaginada: Homero recitando os versos para que esse astuto e pioneiro escrivão anote-os, e daí nasce a literatura ocidental!
Não precisamos ir tão longe. Antropólogos e historiadores vem estudando com muito afinco, desde os anos 60, o poder das culturas populares, baseadas sobretudo na tradição oral. Pode-se transmitir conhecimentos oralmente? É claro que sim, pois de outra maneira qual o sentido de pagarmos 120 mil dólares para ouvir um professor "falar" sobre Platão, numa sala em Harvard? Não poderíamos, simplesmente, ler Platão no conforto de nossa casa - e sem gastar os 120 mil dólares?
As palavras ouvidas e faladas valem menos que as palavras escritas? Bem, talvez não seja isso o que pretendia dizer Caetano, porque suas letras são "cantadas" e não "lidas", e não é preciso ter lido Levi-Strauss para saber apreciá-las corretamente. Caetano expressou uma noção sobre "etiqueta". Uma visão (embora inconscientemnete, e mesmo assim indesculpável) um tanto fascista sobre uma determinada forma de se comportar, de falar, de se expressar, e que inclui o conhecimento, mesmo que superficial, mesmo que seja apenas um verniz, sobre um cânone.
O mundo produziu milhões de livros importantes, e hoje em dia é virtualmente impossível estabelecer precisamente quais devem ser lidos ou não. Caetano não leu nem 1% desses livros, assim como Lula. Eu também não li. Por outro lado, poderia-se acusar Lula de não ter lido Dom Casmurro. De fato, é um livro interessante. Mas aí precisamos fazer um interrogatório detalhado ao presidente, porque corremos o risco de quebramos a cara se ele responder: "eu li Dom Casmurro. Não gostei muito". Aliás, é fácil entender porque um operário de chão de fábrica, sem grande interesse pela literatura universal, não demonstre entusiasmo pela história de um burguesinho ciumento...
Milhares de brasileiros leram Dom Casmurro, mas permanecem na condição de "analfabetos", pois continuam cafonas e grosseiros. Depois ter cantado em dupla, por tantas vezes, com Júnior (o irmãozinho genial da Sandy), supreendi-me com esse súbito repúdio de Caetano à estética cafona... Ah tá, Júnior com certeza não é analfabeto... Claudia Leite também não é analfabeta... É de se perguntar, além disso, se Caetano chamaria Cartola, Pixinguinha e Nelson Cavaquinho de "analfabetos", por não possuirem instrução formal e se comportarem de forma um tanto "cafona". Pixinguinha recebia seus convidados segurando um copo cheio de cachaça e Cartola, sempre um orgulhoso e inveterado cachaceiro, trabalhou como flanelinha no centro do Rio...
Porque ainda há milhões de analfabetos de verdade, que não sabem assinar o próprio nome. Há casos tristes, trágicos, de pessoas que não conseguem sequer se expressar. Todos conhecemos casos assim, em geral associados às condições econômicas miseráveis. Há outros, que, apesar de não saberem ler, desenvolveram admirável capacidade oratória. Há pessoas que lêem muito, mas não conseguem falar. Meu pai era assim, coitado. Um homem culto, mas que não conseguia encaixar uma frase em outra. Era uma espécie de analfabeto da fala, e isso o fazia sofrer muito, porque dificultava a socialização e ele era um homem que amava muito seus amigos e via-se que ele se esforçava, às vezes, para superar sua deficiência. Bebia muito em função disso, para tentar se soltar. Eu herdei um pouco dessa dificuldade e também bebia muito tentando "destravar" a língua. No colégio, sofria horrivelmente com a insuperável dificuldade em abordar as meninas, em comunicar minha admiração por elas. Mas eu acabei superando essas barreiras, e tornei-me um tagarela quase insuportável.
Enfim, a humanidade oferece uma heterogeneidade muito grande de saberes linguísticos. Neste quesito, acho que Caetano, se tivesse a oportunidade de reelaborar suas colocações, aceitaria que Lula é um mestre, e não apenas no Brasil. A sensibilidade linguística de Lula é reconhecida internacionalmente. Seria desonesto negar os fatos, e a popularidade de Lula prova isso. A própria oposição política, não querendo dar o braço a torcer sobre sua qualidade como administrador, atribui a popularidade de Lula exclusivamente à sua técnica verbal.
Então de que analfabetismo fala Caetano? Voltamos ao cânone. Caetano tem um cânone na cabeça. São os livros que ele mesmo leu, e que ele considera, preconceituosamente, que todos deveriam ler, se querem ser inteligentes. Há também a questão do comportamento. Em outras entrevistas, Caetano admitiu, muito sapecamente, que adora o jeito 'classe-média' de ser, como fazer compras no supermercado Zona Sul, etc... Daí voltamos àquele repúdio sanguíneo ao sindicalista barbudo, grosso, cachaceiro, que não sabe segurar um garfo e faca, com quem não podemos conversar sobre vinhos franceses...
Eu conheço bem esse preconceito tolinho, esses olhos que brilham quando falamos em Marcel Proust, essa admiração canina por um diploma. O irônico de tudo é que a literatura autêntica nasce da vida, e os escritores vão as ruas estudar a personalidade de indivíduos como Lula para se inspirarem. Afinal, há os que escrevem, há os que lêem, e há os que inspiram livros. São os líderes políticos, os guerreiros, revolucionários, chefes sindicais, bandoleiros famosos.
Outro ponto que me veio à cabeça, quando li essa entrevista do Caetano, foi sobre Sancho Panza, o astuto escudeiro de Don Quixote. Sancho é uma figura fundamental no clássico de Cervantes, e até hoje talvez não tenha merecido a devida atenção. Lembrei de Sancho porque Lula é uma espécie de Sancho Panza da política. É um homem do povo que simula uma simplicidade muito maior do que a que realmente possui. Sancho Panza é muito mais prudente, esperto e lúcido do que seu patrão. Don Quixote é um bem-intencionado, um valente, um culto, mas é um indivíduo completamente destrambelhado, um louco. Sancho Panza é sua maior ligação com a realidade. E Sancho é leal e corajoso.
Outra figura muito parecida à Sancho Panza é Sam Weller, o empregado do Sr.Pickwick, no admirável romance de Charles Dickens. O escritor publicava os capítulos num folhetim. Quando introduziu Sam, houve um êxito instantâneo. Sua inserção no quinto capítulo da narrativa alavancou as vendas de forma estrondosa: do quarto número foram tirados 400 exemplares, após o surgimento da figura, a tiragem saltou para 400 mil antes mesmo do vigésimo capítulo.
Hoje poucos leram esse romance, o primeiro do escritor inglês. É um romance absurdamente hilário. As trapalhadas do Sr.Pickwick são de fazer qualquer um morrer de rir. Tão diferente das xaropadas melancólicas que Dickens irá escrever depois! Pois bem, o Sr.Pickwick resolve contratar um empregado para o ajudar em suas viagens pela Inglaterra e encontra Sam. O rapaz se revelará o verdadeiro "cérebro" do romance. É ele que inventa os planos mirabolantes e sempre bem sucedidos para tirar seu chefe das mais incríveis enrascadas. Além disso, possui um humor incomparável, e não economiza-o em momento algum. A genialidade de Sam retrata a admiração dos britânicos pela sabedoria popular, e explica a simpatia franca e humana com que a rainha Elisabeth recebe Lula toda a vez que o presidente põe os pés na ilha. Em toda Europa, a cultura (entendendo aí o comportamento, os modos, a maneira de falar) dos trabalhadores é respeitada com quase reverência. Na França, milhares de aristocratas tiveram suas cabeças cortadas por muito menos que entrevistas como essa de Caetano. Nos Estados Unidos, a criatividade do homem do povo é honorificada constantamente em filmes e livros.
Pois a cultura "livresca" que Caetano e grande parte da classe média brasileira prezam como condição mínima para uma pessoa pertencer à boa sociedade, para ser um não-analfabeto, implica também em matar a espontaneidade natural, aquela graça original, a força, a virilidade. Tantos historiadores já escreveram sobre isso, sobre a auto-censura a que o homem civilizado é sujeito, causa de tantas neuras e debilidades psíquicas! Afinal, qual o objetivo do ser humano? É ser um indivíduo com algumas leituras, ou mesmo um gênio da poesia, como D'Annunzio, mas que defende o fascismo? É ser um homem culto, porém sem graça, sem coragem, e broxa?
É muito difícil ser um homem inteiro, e conciliar o desenvolvimento pleno de todas as nossas faculdades físicas e psicológicas com uma participação criativa na sociedade. Muitos dizem que essas coisas estão ligadas, e que a debilidade psicólogica tem origem numa relação doentia e medrosa com o ambiente social. Eu acredito nisso. Gosto de participar da vida política do mundo porque sinto-me mais forte quando o faço. Sinto saúde. É uma relação de parceria. Eu ajudo (ou tento ajudar) o mundo e o mundo me ajuda.
Voltando ao analfabetismo de Lula, as pessoas como Caetano deveriam entender que o conhecimento deriva-se não apenas dos livros, mas da observação dos homens, superação das dificuldades, conversas noturnas, amor, casamento, sexo. Muitas pessoas querem encontrar nos livros o que talvez encontrassem numa boa conversa de botequim, ou simplesmente num passeio solitário pelas ruas. Muitas firulas psicológicas podem ser resolvidas com um saudável mergulho na vida, e a política, muitas vezes, proporciona essa aproximação com as forças primevas da sociedade. Esse conhecimento é genuíno. É tão válido quanto qualquer máxima filosófica. O próprio Kant entendia isso quando abre a sua obra-prima, a Crítica da Razão Pura, dizendo que todo e qualquer conhecimento nasce da experiência. E o que importa ao conhecimento são os frutos. De que adianta ler muitos livros e ser um idiota preconceituoso, ou um medíocre inútil e corroído pela inveja? Se Lula conseguiu se tornar um estadista invejável, admirado internacionalmente, dono de uma popularidade inédita no Brasil e no mundo, é porque ele colheu conhecimentos em algum lugar, não importa onde, processou-os, e converteu-os em vida, em talento, em sucesso, em redenção econômica e social para milhões de brasileiros. Se mesmo assim ele for considerado um analfabeto, então viva os analfabetos!

# Escrito por Miguel do Rosário # Sexta-feira, Novembro 06, 2009

terça-feira, 10 de novembro de 2009

IMPORTANTE DIVULGUEM E PARTICIPEM!! PESQUISA SOBRE O USO DA INTERNET

A Secretaria Municipal de Educação foi convocada pelo Ministério Público
do Estado do Rio de Janeiro - Centro de Apoio Operacional das Promotorias
de Justiça da Infância e Juventude - para participar de uma reunião que
tinha como objetivo apresentar o programa? Prevenção de Crimes Contra
Crianças e Adolescentes pela Internet? e dar início à organização do
cronograma de seu lançamento, sob a responsabilidade da SaferNet Brasil.
Também estavam presentes representantes do Ministério Público Federal, da
Secretaria de Educação do Estado, da Associação das Escolas Particulares,
do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet/RJ), do Colégio Pedro
II, da Fundação Osório e do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino das
Escolas do Rio de Janeiro (Sinepe-RIO) e da Organização Não-Governamental
SaferNet Brasil.
A SaferNet Brasil é uma associação civil de direito privado, com atuação
nacional, sem fins lucrativos, no enfrentamento aos crimes e violações
aos Direitos Humanos na Internet, com acordos de cooperação firmados com
instituições governamentais, a exemplo do Ministério Público Federal.
Mais informações poderão ser encontradas no site da associação:
O referido Programa terá, inicialmente, duas etapas: a primeira será uma
Pesquisa on-line sobre hábitos de segurança na Internet para alunos e
professores e, a segunda, uma Oficina, de um dia, sobre o uso responsável
e seguro da internet para professores, que será marcada posteriormente.
Neste sentido, solicitamos às CRE que divulguem junto às suas escolas a
importância de participarmos desta pesquisa. Deverão participar da
pesquisa alunos a partir do 6º ano e todos os professores, independente
da sua formação acadêmica. A pesquisa será feita somente on-line, no
período 10 de novembro a 18 de dezembropela Internet ?
http://www.rio.rj.gov.br/sme ou pela Intranet da SME. Ao acessar a
Internet ou a Intranet, o usuário (aluno ou professor) deverá clicar no
link ?Pesquisa - O uso da Internet? e seguir as orientações dadas.

BIBLIOTECA DO PROFESSOR

A Biblioteca do Professor integra o projeto “Rio, uma cidade de leitores” e consiste na distribuição de livros de literatura aos professores e agentes auxiliares de creche da Rede Municipal de Ensino para sua biblioteca pessoal.

Neste momento, a 3ª escolha está no ar. Como na 1ª escolha, serão comprados os 4 títulos mais votados: dois de literatura brasileira e dois de literatura estrangeira. Cada professor e agente auxiliar de creche receberá dois títulos, um de cada categoria.
Portanto, não deixe de participar, dando seu voto:
. acesse o site da SME - www.rio.rj.br/sme - e clique no link Biblioteca do professor, com números de matrícula e CPF em mãos.
-consulte a ficha técnica com a sinopse de cada livro e vote nas duas categorias.
Também vale fazer campanha com os colegas pelos livros preferidos.

AMANHÃ É O ÚLTIMO DIA !!!!

AVISO AOS NAVEGNTES - 2

Já  foram iniciadas  pelas CRE's a entrega dos livros da Biblioteca do Professor.Cada CPF dá direito a 1(um)livro.Aqueles que tem duas matrículas receberão somente pela matrícula mais antiga.
Os livros são:
  • Leite Derramado - Chico Buarque
  • Quase Memória - Carlos Heitor Cony

PROJETO PAIXÃO DE LER


AVISO AOS NAVEGANTES!!! 1



O Projeto Poesia na Escola é uma ação de promoção leitura e que objetiva, também, a formação de novos leitores. A partir de 2009, o projeto passou a ser coordenado pela E/SUBE/CED – Mídia-Educação e é mais uma das ações do Rio, uma cidade de leitores.

O Projeto, neste momento, estará sendo realizado em um novo formato, com um lançamento no próximo dia 13/11 e continuidade até julho/2010, com o lançamento da coletânea de poesias.
Como primeira ação do Projeto Poesia na Escola, foram comprados 02 livros para cada Sala de Leitura, com o objetivo de subsidiar os professores no processo de produção das poesias com seu alunos. Os livros comprados estarão chegando às escolas nos próximos dias. São eles:
. A utopia da palavra - Linguagem, Poesia e Educação - Algumas Travessias - Severino Antonio -Editora Lucerna
. A poesia vai à escola – Reflexões, comentários e dicas de atividades- Neusa Sorrenti – Autêntica
As produções nas escolas, seleção, lançamento das coletâneas e premiação acontecerão de fevereiro a julho/2010.
Desta forma, estaremos lançando o Projeto oficialmente no próximo dia 13/11, às 13h, no CREP – Centro de Referência de Educação Pública, com a seguinte programação:
. Apresentação da Cia. de Teatro Amandaba - Encontro com Mario Quintana
. Palestra com Eucanaã Ferraz
Professor adjunto de Literatura Brasileira na Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ. Tem organizado obras e antologias de diferentes autores, atuando também como ensaísta. É poeta e autor de vários livros.