segunda-feira, 1 de março de 2010

ESCRITORES SOFRERAM MAUS-TRATOS DA EMBAIXADA NO CHILE


28/02/2010 - 20h01
Escritores sofreram maus-tratos da embaixada no Chile, diz ABL

da Livraria da Folha
Tuca Vieira/Folha Imagem


A ABL (Academia Brasileira de Letras) protestou, neste domingo, contra a Embaixada do Brasil no Chile. Em nota à imprensa, a instituição informa que os escritores brasileiros, surpreendidos pelo terremoto durante presença em Santiago do Chile por ocasião de um evento literário, sofreram "maus-tratos".

O presidente da ABL, Marcos Vilaça, enviou ao Itamaraty um mensagem reclamando do "mau atendimento" sofrido na sede da embaixada pela escritora Ana Maria Machado, secretária geral da ABL, e por integrantes de um grupo de autores convidados do 1º Congresso Ibero-americano de Língua e Literatura Infantil e Juvenil do Chile.

"Em contato telefônico conseguido na manhã de hoje, Ana Marias Machado relatou os maus-tratos com que os escritores estão sendo recebidos pelo Embaixador do Brasil, Mário Vilalva, e disse que o grupo irá promover manifestação na porta daquela missão. Não é possível que a triste situação que todos estamos vivendo no Chile seja ainda mais agravada com esse tipo de conduta", informou Vilaça, na nota.

No sábado, após o terremoto, os organizadores do congresso decidiram suspender o evento em solidariedade aos afetados pelo terremoto que atingiu o país na madrugada. Neste domingo, os escritores brasileiros ainda tentavam conseguir o retorno ao país.

O objetivo do congresso era discutir as perspectivas da produção de literatura infantil e juvenil ibero-americana.
Arte/Folha Online
Mapa mostra a região atingida por tremor no Chile; terremoto foi o maior no país em 25 anos



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Na tarde deste domingo, o Ministério das Relações Exteriores informou que foi restabelecida a comunicação com a embaixada do Brasil em Santiago, onde está sendo prestado o atendimento consular aos brasileiros que lá se encontram.

Um comentário:

  1. becalmeida@gmail.com2 de março de 2010 às 10:34

    Quando soube que nossos escritores e ilustradores estavam lá, me bateu um pânico, só de pensar na possibilidade de perdê-los e ainda por cima todos juntos.
    Temos consciência de que as coisas estão muito complicadas no Chile, mas o governo brasileiro que tem sido tão solidário com os estrangeiros nas suas catástrofes, bem poderia ser solidário com a história viva da literatura infanto-juvenil e mandar um avião para tirá-los de lá.

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