segunda-feira, 2 de agosto de 2010

OS PROTESTOS CONTINUAM

Queridos companheiros de promoção da leitura
Os verdadeiros guerreiros lutam por um ideal, que vai muito além das políticas e apesar dos políticos.
Eliana Yunes dispensa apresentações.

MENSAGEM DE ELIANA YUNES PELO TÉRMINO DO LEIA BRASIL

O Leia é um dos programas de leitura mais eficientemente administrados em termos de resultados na área da educação, envolvendo professores e alunos. Teve recursos, usou-os diligentemente. Entendeu a leitura como carro-chefe da educação e a cultura como fermento na massa do conhecimento e administrou ações cada vez mais consistentes para evitar a solução de continuidade, aprendendo a fugir do é-vento. Promoveu livros, autores e artistas à condição de agentes da leitura e, com insistência, publicou cadernos de fomento à leitura no sentido irrestrito, excelentes, que mereciam tiragem nacional para todas as escolas. Como supor que algo assim possa durar? Lembra-se do Proler de 1996? Corremos o risco de que amanhã o PNLL seja dissolvido, a Cátedra Unesco de Leitura seja um nome entre as unidades complementares da PUC e que o programa dos Agentes de Leitura nem saia do papel. Fica o que não move palha, o que realiza mas não muito, a mediocridade que não transforma a realidade. Há muita gente com trabalho sério no país pela leitura, com e sem apoio oficial, cujos nomes não aparecem em lugar algum, e por isso carecem de quem arregimente as condições que isoladamente não podem criar. O Leia Brasil pode e pode fazer isto. Não há espaço para desistência. Há cada vez mais necessidade de aliança na sociedade civil para que o governo não perca o rumo, ainda mais quando gente muito séria e de discernimento quer a máquina a serviço da população. Leitura é hoje um caso de saúde nacional, tanto para o desenvolvimento (IDH) como para a qualidade do IDF(elicidade) a que todo homem tem direito: consciência crítica de seus direitos e deveres, participação social para um mundo menos violento e mais justo. Por isso conclamo Jason Prado a que não se dê por vencido. Conclamo Ezequiel a que saia do luto. Vamos dar as mãos, vamos dar as mãos, diz a canção. Não desistamos, diz meu coração.

Eliana Yunes
Profª Associada da PUC-Rio
Departamento de Letras

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