Este blog tem por finalidade (ou pretende) servir de apoio na formação continuada dos professores de Sala de Leitura da Rede Municipal de Ensino do Rio de Janeiro, com a presença de textos teóricos e pensamentos de estudiosos e/ou especialistas na área da leitura e da Literatura envolvendo as diferentes linguagens artísticas lidas na escola.
sábado, 27 de novembro de 2010
MARATONA RACHEL DE QUEIROZ NA ABL
No último dia 9 de novembro estivemos na Academia Brasileira de Letras para a solenidade de premiação da Maratona Rachel de Queiroz.
Mais uma vez as Salas de Leitura das escolas municipais demonstraram sua competência na mediação da leitura e na orientação dos trabalhos de redação feitos pelos alunos.
Os alunos e professores presentes, além dos certificados e livros, foram premiados com a apresentação de um belíssimo e emocionante musical pelos alunos da E.M. Cuba, da 4ªCRE.
O musical teve letras e músicas compostas pelos alunos a partir da leitura de O Quinze, primeiro livro da escritora centenária. No programa Educação em Rede da MultiRio que entrevista a professora Simone Monteiro de Araujo, coordenadora do projeto Rio, uma cidade de leitores, são exibidos alguns trechos do musical competentemente organizado e dirigido pela professora de Sala de Leitura Vera Bastos.
A redação premiada e lida pela aluna Stefanye Rafael Jardim, da E.M. Barão da Taquara, também emocionou a todos. Inspirada pela leitura do livro A menina que roubava livros, Stefanye coloca a morte dialogando com a vida e a obra de Rachel de Queiroz.
A redação de Stefanye pode ser lida no portal da SME.
http://www.rio.rj.gov.br/web/sme/exibeconteudo?article-id=1287681
sábado, 13 de novembro de 2010
A MENINA QUE ODIAVA LIVROS
Excelente vídeo para o trabalho de sala de leitura!
Sugestão de nossa amiga , e professora de sala de leitura, Luciana Barreto da E.M. Ceará. segunda-feira, 8 de novembro de 2010
IV ENCONTRO DE CINEMA NEGRO
Prezadas(os) Docentes,
Divulgo e indico, tendo em vista a importância dos mesmos no que se refere a Educação e as história(s) e cultura(s) africanas e afro-brasileiras, os abaixo relacionados seminários e sessões de filmes do IV ENCONTRO AFROCARIOCA DE CINEMA.
Informo que:
OS SEMINARIOS SERÃO GRATUITOS
AS SESSÕES DE CINEMA PARA PROFESSORES (AS) E UM (A) ACOMPANHANTE, também, terão gratuidade, desde que apresentem comprovante.
Maiores informações: http://www.encontrodecinemanegro.com.br/
Cordialmente
Azoilda Trindade
(pró educativo do Centro Afrocarioca de Cinema/RJ)
Seminários
10 DE NOVEMBRO
CINE ODEON BR - Praça Floriano, 7 - Cinelândia
10h - Seminário SENEGAL
. A importância da União dos países africanos
. Senegal - 50 anos de independência
. A importância do renascimento africano
Palestrante:
Prof. Dr. Iba Der Thiam, Historiador, Vice-Presidente do Congresso Nacional do Senegal
Sr. Amadou Lamine Faye, Especialista do Panafricanismo, Ministro da Diaspora.
Membros da mesa:
Prof. Dr. Madiagne Diallo (mediador), PUC-Rio
Mansour Sora Wade, cineasta, senegales
Zózimo Bulbul, cineasta, brasileiro
11 DE NOVEMBRO
CINE ODEON BR - Praça Floriano, 7 - Cinelândia
10h - Seminário AS VÁRIAS ÁFRICAS
. 50 anos de independência da Costa do Marfim, Chad e R.D. Congo
. A libertação de Cabo Verde
. Literatura, cinema e a importância dos roteiros
Mesa Redonda:
Sra. Ruth Pinheiro (mediadora)
Idriss Diabate - cineasta, Costa do Marfim
Guenny Pires - cineasta, Cabo Verde
Mahamat Seleh Haroun, cineasta, Chad
Léandre Alain Backer, cineasta, Republica Democratica do Congo
Sessões de filmes especiais para educadoras e educadores
10 DE NOVEMBRO
CENTRO CULTURAL JUSTIÇA FEDERAL - Av. Rio Branco, 241 - Centro
14h
ASWAD - Diáspora Africana - 72’
Júlio Tavares
Debate com o cineasta após a sessão
SINOPSE: ASWAD – Diáspora Africana de Júlio César Tavares; documentário, 72’ (Rio de Janeiro, 2005). Aswad significa “negro” em árabe e há dez anos dá nome também a uma das mais importantes conferências mundiais sobre a diáspora africana – a Association For The Study Of World African Diaspora (ASWAD), de Nova Iorque. O documentário do antropólogo e membro da coordenação do comitê de organização da ASWAD no Brasil, Júlio César de Tavares, faz um registro memorial da terceira edição da conferência, realizada em 2005, no Rio de Janeiro, com o objetivo de transformar o filme em uma ferramenta pedagógica a serviço da Lei nº 10.639/2003, que institui a obrigatoriedade do ensino da história africana e afro-brasileira nas escolas – o Brasil é o país com o maior índice populacional de descendentes africanos das Américas e o segundo maior do mundo, depois da Nigéria. Classificação: livre.
10 DE NOVEMBRO
CINE ODEON BR - Praça Floriano, 7 - Cinelândia
18h
Estreia de Renascimento Africano - 51’
Zózimo Bulbul (RJ)
SINOPSE: Renascimento Africano de Zózimo Bulbul; documentário, 56’ (Rio de Janeiro, 2010). O testemunho de uma África liberta, renovada e vigorosa pelo olhar do brasileiro Zózimo Bulbul, em colaboração com o senegalês Mansour Sora Wade. Através dos depoimentos de líderes políticos, religiosos, intelectuais, artesãos e pescadores, o filme discute os rumos de uma nova África, seus impactos sobre a política, a economia e a cultura mundiais, tomando como ponto de partida o entendimento do continente como berço da humanidade e a diáspora africana como um sexto continente. O filme tem como mote o grande símbolo do momento no continente: o portentoso monumeto que lhe empresta o título, com 54m de altura (um para cada país da África), inaugurado pelo governo do Senegal durante as comemorações do cinquentenário de independência dos países do Oeste africano, em abril deste ano. Classificação: livre.
11 DE NOVEMBRO
OI FUTURO em Ipanema
14h
Mumbi - 7'Viviane Ferreira (SP)
SINOPSE: Mumbi: 7 Cenas pós Burkina de Viviane Ferreira; documentário, 7’ (São Paulo, 2010). Depois de participar de um importante festival de cinema, a jovem cineasta Mumbi não consegue conceber sua próxima obra. A recordação de obras marcantes do cinema brasileiro reaciona seu processo criativo. Classificação: 16 anos.
Renascimento Africano - 53’
Zózimo Bulbul (RJ)
12 DE NOVEMBRO
ESPAÇO TOM JOBIM Rua Jardim Botânico, 1008
13h
Mumbi - 7’
Viviane Ferreira (SP)
Renascimento Africano - 53‘
Zózimo Bulbul (RJ)
13 DE NOVEMBRO
CENTRO CULTURAL JUSTIÇA FEDERAL Av. Rio Branco, 241 - Centro
14h
Pensando em Cheikh Anta Diop | 26’
Zózimo Bulbul (RJ)
SINOPSE:Pensando em Cheikh Anta Diop de Zózimo Bulbul; documentário, 26’ (Rio de Janeiro, 2010) – na casa do reitor da Universidade Cheikh Anta Diop, em Dakar, professores e intelectuais senegaleses contam suas vivências com o antropólogo, político e historiador falecido em 1986 e discorrem sobre seu pensamento e sua importância no resgate da auto-estima do povo africano.
Renascimento Africano - 53'
Zózimo Bulbul
Debate com o cineasta Zózimo Bulbul e o Professor Madiagne Diallo
HAPPY HOUR NA BIBLIOTECA NACIONAL
PAIXÃO DE LER POESIA
A POESIA TOMA CONTA DA CIDADE
Por Elizabeth Caldas de Almeida*
E eu estive lá!
Foi simplesmente maravilhoso o encontro com Ferreira Gullar na Biblioteca Nacional!
Estamos em novembro e o tempo continua a fugir de nós, agora com mais avidez ainda...
No meio dessa guerra, que sempre perdemos, passei a véspera e o dia entre aulas, preparativos para o sarau, organização da culminância coletiva das três escolas da Ilha do Governador participantes do projeto Teatro das Letras, e tentando me comunicar com a Biblioteca Nacional para realizar a inscrição no lançamento do Paixão de Ler com a presença do poeta aniversariante Ferreira Gullar. A loucura que nos enforca no fim de ano na escola – estamos em novembro, meu Deus... não me permitia uma “dedicação exclusiva” ao telefone e resolvi arriscar. Valeu a pena, ora se valeu!
Noite/tarde de sexta-feira, jardim com flores e pássaros cantando, música ao vivo, um coquetel para fechar a semana... Existe lugar mais perfeito para desfrutar da paixão de ler, ainda mais Paixão de Ler Poesia?
A tarde estava quente e logo na entrada, restrita, apesar de o jornal anunciar entrada franca para quem quisesse desfrutar da presença poética de Ferreira Gullar, o coração bateu forte com a possibilidade de não entrar. Mas a poesia que há em mim, conversou com a poesia que impregnava o jardim e consegui entrar. Eu não só merecia, mas precisava estar ali, principalmente depois de ficar no quarto da pousada passando mal e olhando o ingresso que havia comprado para ouvi-lo na Tenda dos Autores, na última FLIP.
Foi com maestria o poeta nos falou de literatura, política e vida. Tudo recheado com muito humor e amor à arte de pintar com as palavras o universo da vida.
Ao abrir o bate-papo, Sechim nos advertiu que seria uma “entrevista improvisada” apesar de ter em mãos um breve roteiro muito bem preparado que nos levou a um passeio pela obra de Gullar.
Sempre com os cabelos longos e brancos e seu franco sorriso, o poeta nos brindou com “causos” e leitura de seus poemas. Falou-nos que as fases apontadas pelos especialistas não foram planejadas, mas foram acontecendo junto com as perplexidades e descobertas da vida, na busca por algo mais, a inquietação. Daí em alguns momentos ele ter sido quase que exclusivamente político e até panfletário porque queria mesmo a revolução.
Falou sobre sua incursão no teatro, inicialmente com Vianinha, no Opinião, e sobre o acaso, coisa que considera preponderante na vida.
Antonio Carlos Sechin contou-nos sobre um presente maravilhoso que recebeu da mulher de Gullar quando este completou 50 anos: Um livro totalmente artesanal, em madeira e couro, com um único poema, escrito especialmente para ele e um fragmento de um quadro dividido em 50 pedaços, cada um para um livro. E ainda dizem que o livro eletrônico pode substituir isso!...
Sua voz de poeta e cidadão ecoa em meus ouvidos e mente, me instigando a reler o que já li e a ler o que ainda não li. Poesia engajada, poesia de amor, poesia política, poesia poesia...
Obrigada, Gullar! Na sexta-feira, depois desse maravilhoso “happy hour” voltei para casa inteiramente feliz. A tristeza não serve mesmo para nada!
Mais 80 poeta, no mínimo mais 80 anos é o que desejamos!
*Elizabeth Caldas de Almeida é professora da Sala de Leitura da E.M. Gurgel do Amaral.
sábado, 6 de novembro de 2010
LIVROS DA BILIOTECA DO PROFESSOR
A votação è até 10/11, no site da prefeitura. Vamos lá!
Literatura Brasileira
1. Último trem
Autor: Marco Simas
Editora: Vieira & Lent
Autor: Marco Simas
Editora: Vieira & Lent
2. Dois irmãos
Autor: Milton Hatoum
Editora: Companhia das Letras
Autor: Milton Hatoum
Editora: Companhia das Letras
3. Melhores Poemas Ferreira Gullar
Autor: Ferreira Gullar
Editora: Global
Autor: Ferreira Gullar
Editora: Global
4. Escola de Gigantes
Autor: Susana Fuentes
Editora: 7 Letras
Autor: Susana Fuentes
Editora: 7 Letras
5. Conversa no Mundo dos Livros
Autor: Jose Mindlin
Editora: Agir
Autor: Jose Mindlin
Editora: Agir
Literatura Estrangeira
1. A Terceira xícara de chá
Autor: Greg Mortenson
Editora: Ediouro
2. Travessuras da menina má
Autor: Mario Vargas Llosa
Editora: Alfaguara
Autor: Mario Vargas Llosa
Editora: Alfaguara
3. Confesso que vivi
Autor: Pablo Neruda
Editora: Bertrand Brasil
Autor: Pablo Neruda
Editora: Bertrand Brasil
4. Ensaio sobre a cegueira
Autor: José Saramago
Editora: Companhia das Letras
Autor: José Saramago
Editora: Companhia das Letras
5. Pequena Abelha
Autor: Chris Cleave
Editora: Intrínseca
Autor: Chris Cleave
Editora: Intrínseca
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
EM DEFESA DE MONTEIRO LOBATO
Ana Celeste de Vasconcellos Reis Moraes *
Em primeiro lugar gostaria de ressaltar que o livro ‘Caçadas de Pedrinho’, um clássico da literatura infantil escrito por Monteiro Lobato foi publicado em 1933, época que ainda não tínhamos as leis voltadas para as políticas públicas sobre as relações étnico-raciais. Também não podemos esquecer que nessa época a criança não tinha vez nem voz na sociedade e foi Lobato primeiro autor que deu voz a essas crianças, tratando-as com respeito, acredito que esteja aí seu sucesso, que permanece até nossos dias.
RESPEITO É BOM E QUEM NÃO GOSTA?
Devemos lembrar que na literatura infanto- juvenil existem obras que discriminam a mulher, o pobre, a criança, e outros grupos. Sem contar com os livros em que seus personagens têm atitudes que não condizem com a “filosofia do politicamente correto” tão discutida nos dias de hoje. Acredito que censurar não é o caminho correto, o caminho é um diálogo bem orientado. Não adianta esconder a sujeira em baixo do tapete, fazer isso é omissão por parte de todos nós, pais, avós, professores ou responsáveis por essas crianças.
Quanto ao trabalho do professor, este pode contextualizar o problema do racismo na época, comparar com os dias de hoje e usar a sua criatividade para promover a discussão em sala de aula. O papel do professor é ser o mediador da leitura, oferecer elementos e informações sobre o contexto em que o livro foi escrito. Os professores são capazes e preparados para lidar com situações deste tipo, basta ter bom senso e critérios de julgamento para elaborar e organizar as informações com seus alunos.
*Ana Celeste de Vasconcellos Reis Moraes – Mestre em Educação - Professora de Sala de Leitura da Rede Municipal de Ensino do Rio de Janeiro
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