DICA DA PROFESSORA E ESCRITORA FATIMA MIGUEZ...
A paz em sementes de livros!! Vou modificar a tarde de vocês colocando nela uma bela reflexão do mineiro Bartolomeu Campos de Queirós sobre a escola e a literatura, incluída no livro "Sobre ler, escrever e outros diálogos". Tenham uma tarde inspirada!!
Um abraço,
Fátima Miguez
"A literatura é feita de fantasia. A escola, por ser servil, quer transformar a literatura em instrumento pedagógico, limitado, acanhado, como se o convívio com a fantasia fosse um bem menor. A escola não percebe que a literatura exige do leitor uma mudança, uma transferência movida pela emoção. Não importa o que o autor diz, mas o que o leitor ultrapassa. E a literatura é feita de palavras, e é necessário um projeto de educação capaz de despertar o sujeito para o encanto das palavras. Eles não descobriram, por exemplo, que toda palavra é composta. Quando se diz a palavra "pai", sei que cada indivíduo ouvinte adjetiva essa palavra com sua experiência. Para alguém, pai é aquele que o abandonou; para outros, o que adoçou, para outros, o que eles não conheceram, e assim por diante. Nenhuma palavra é solitária. Cada palavra remete o leitor ou o ouvinte para além de si mesma. Haverá tarefa mais significativa para a escola do que esta de sensibilizar o sujeito para desvendar as dimensões da palavra? Por ser assim, trabalhar com a palavra é compreender seus deslimites e apresentar para o leitor um convite para adivinhar o que está obscuro no texto e só ele pode desvendar." ( Página 67-68)
A paz em sementes de livros!! Vou modificar a tarde de vocês colocando nela uma bela reflexão do mineiro Bartolomeu Campos de Queirós sobre a escola e a literatura, incluída no livro "Sobre ler, escrever e outros diálogos". Tenham uma tarde inspirada!!
Um abraço,
Fátima Miguez
"A literatura é feita de fantasia. A escola, por ser servil, quer transformar a literatura em instrumento pedagógico, limitado, acanhado, como se o convívio com a fantasia fosse um bem menor. A escola não percebe que a literatura exige do leitor uma mudança, uma transferência movida pela emoção. Não importa o que o autor diz, mas o que o leitor ultrapassa. E a literatura é feita de palavras, e é necessário um projeto de educação capaz de despertar o sujeito para o encanto das palavras. Eles não descobriram, por exemplo, que toda palavra é composta. Quando se diz a palavra "pai", sei que cada indivíduo ouvinte adjetiva essa palavra com sua experiência. Para alguém, pai é aquele que o abandonou; para outros, o que adoçou, para outros, o que eles não conheceram, e assim por diante. Nenhuma palavra é solitária. Cada palavra remete o leitor ou o ouvinte para além de si mesma. Haverá tarefa mais significativa para a escola do que esta de sensibilizar o sujeito para desvendar as dimensões da palavra? Por ser assim, trabalhar com a palavra é compreender seus deslimites e apresentar para o leitor um convite para adivinhar o que está obscuro no texto e só ele pode desvendar." ( Página 67-68)
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