Em tempos de Olimpíada de Língua Portuguesa, mais uma dica para a reflexão e o trabalho com poesia.
Esta é mais uma contribuição da professora de Literatura e Poeta Fátima Miguez.
Outono, 29 de maio de 2010.
A paz em sementes de Poesia!!! Nas entrelinhas de uns versos de um poema espia-me o silêncio de símbolos, legendas a serem decifradas... A criação surpreende o criador em seu lado secreto, inesperado... Lembro-me de um fragmento de Heráclito que diz: " Se não tiveres esperança, não encontrarás o inesperado, pois não é encontradiço e é inacessível." É esta a atitude do artista quando se dispõe a criar... À luz do poema "Giz", de Marcos Bagno, reflitam sobre o momento da criação poética. Tenham uma noite tranquila!! Um abraço de feliz domingo,
Fátima Miguez
GIZ
Não sou eu que escrevo. Escravo,
lavro este chão que não semeio.
Servo do verso, não o tenho
_faço ele vir como me veio.
Não sou a luz. Espelho, espalho
a de outro sol que em mim se escoa.
Nem tenho a língua, só a voz,
vale por onde a língua ecoa.
Não sou eu que escrevo. Transcrevo
_tem algo maior que me guia.
Tímido giz, frágil me arrisco
nos quadros negros da Poesia.
Este blog tem por finalidade (ou pretende) servir de apoio na formação continuada dos professores de Sala de Leitura da Rede Municipal de Ensino do Rio de Janeiro, com a presença de textos teóricos e pensamentos de estudiosos e/ou especialistas na área da leitura e da Literatura envolvendo as diferentes linguagens artísticas lidas na escola.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
domingo, 30 de maio de 2010
sábado, 29 de maio de 2010
LEITURA EM DEBATE
Atendi ao convite de Anna Claudia Ramos e fui ao primeiro LEITURA EM DEBATE de 2010.
Lamentei por estar ainda licenciada e não poder levar meus alunos para ouvir um bate-papo tão gostoso com Daniel Munduruku e Heloisa Prieto, que só conhecia de leitura e tive o prazer de conhecer e ouvir.
A conversa abordou uma questão séria e que muito tem me feito pensar, que é a questão da oralidade na nossa formação. Ficou claro que não é só escrevendo que se faz literatura.
Daniel também abordou uma outra coisa que temos defendido sempre: o livro com o mediador. "O livro, para o povo da aldeia, é um corpo estranho, um objeto que tem diferentes utilidades como servir de suporte para mesa ou vaso de planta... não tem nenhuma importância, sem a mediação adequada". É que na tradição indígena o avô é a memória, é o conhecimento ancetral. Mas os índios estão, agora, sendo alfabetizados em suas línguas e começam também a registrar através da escrita e do desenho em livros o seu pensamento, sua visão do mundo e de si próprios.
Falou também sobre o que chamou de "atualização da memória", a incorporação dos objetos dos dias de hoje no artesanato, como canudos de plástico e tubos de pvc na fabricação de colares e utensilhos, já que estão proibidos de usar penas por causa da extinção das aves... Curioso, não? Parece que eles são os responsáveis pela extinção!
Na educação indígena não há competitividade, não há "o primeiro a fazer isto ou aquilo"... respeita-se o tempo de cada um e todos esperam sem pressa, sem pressão. Quando um fala, todos silenciam para ouvir.
Heloisa Prieto que lançou Daniel como escritor, me fez ficar com muita vontade de conhecer sua tese de doutorado "A memória do sonho: um estudo sobre a tradição oral e seus porta-vozes, os contadores de histórias". Vejam o resumo em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-08112007-152330/
Ouvi com prazer Daniel e Heloisa. Quem não foi, perdeu o "presente", mas pode assistir pela internet.
No próximo encontro, em 24 de junho, Novas linguagens:a Literatura Infantil e juvenil na TV, estarei lá com meus meninos para debater.
Lamentei por estar ainda licenciada e não poder levar meus alunos para ouvir um bate-papo tão gostoso com Daniel Munduruku e Heloisa Prieto, que só conhecia de leitura e tive o prazer de conhecer e ouvir.
A conversa abordou uma questão séria e que muito tem me feito pensar, que é a questão da oralidade na nossa formação. Ficou claro que não é só escrevendo que se faz literatura.
Daniel também abordou uma outra coisa que temos defendido sempre: o livro com o mediador. "O livro, para o povo da aldeia, é um corpo estranho, um objeto que tem diferentes utilidades como servir de suporte para mesa ou vaso de planta... não tem nenhuma importância, sem a mediação adequada". É que na tradição indígena o avô é a memória, é o conhecimento ancetral. Mas os índios estão, agora, sendo alfabetizados em suas línguas e começam também a registrar através da escrita e do desenho em livros o seu pensamento, sua visão do mundo e de si próprios.
Falou também sobre o que chamou de "atualização da memória", a incorporação dos objetos dos dias de hoje no artesanato, como canudos de plástico e tubos de pvc na fabricação de colares e utensilhos, já que estão proibidos de usar penas por causa da extinção das aves... Curioso, não? Parece que eles são os responsáveis pela extinção!
Na educação indígena não há competitividade, não há "o primeiro a fazer isto ou aquilo"... respeita-se o tempo de cada um e todos esperam sem pressa, sem pressão. Quando um fala, todos silenciam para ouvir.
Heloisa Prieto que lançou Daniel como escritor, me fez ficar com muita vontade de conhecer sua tese de doutorado "A memória do sonho: um estudo sobre a tradição oral e seus porta-vozes, os contadores de histórias". Vejam o resumo em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-08112007-152330/
Ouvi com prazer Daniel e Heloisa. Quem não foi, perdeu o "presente", mas pode assistir pela internet.
No próximo encontro, em 24 de junho, Novas linguagens:a Literatura Infantil e juvenil na TV, estarei lá com meus meninos para debater.
terça-feira, 25 de maio de 2010
LEITURA EM DEBATE, NESTA QUINTA, 27/05
RECADINHO DA ANNA CLAUDIA RAMOS
A edição de 2010 do Programa Leitura em Debate: a LIJ, primeiro programa de LIJ da Biblioteca Nacional começa na próxima quinta-feira, dia 27 de maio, às 16h, com a participação de dois grandes autores: Daniel Munduruku e Heloisa Prieto e mediação de Anna Claudia Ramos.
Espero vcs por lá!!!
Não percam, este ano o programa está com novidades!!
A edição de 2010 do Programa Leitura em Debate: a LIJ, primeiro programa de LIJ da Biblioteca Nacional começa na próxima quinta-feira, dia 27 de maio, às 16h, com a participação de dois grandes autores: Daniel Munduruku e Heloisa Prieto e mediação de Anna Claudia Ramos.
Espero vcs por lá!!!
Não percam, este ano o programa está com novidades!!
MESA REDONDA ENTRE ESCOLAS
Vejam que ideia bacana de nossa colega Lilian da SL da E.M. José Emydio!
Aguardamos as fotos para publicação no blog!
Na semana passada, o professor Jamaci, de LP, o professor Luiz, de Ed. Fis e eu fizemos uma palestra lá na E.M. Barão da Taquara. Trata-se de um BATE BOLA (nome do projeto) que a professora "mil" da Sala de Leitura da nossa escola está trabalhando nas duas escolas. Então esta semana, três professores de lá farão o mesmo na E.M. José Emygdio. Não vai passar o Vista Minha Pele porque os professores são livres para dar o enfoque que desejarem. O tema é COPA ÁFRICA E LITERATURA. Todos estão convidados. Será dia 26, 4ª-feira, no auditório, às 10 e às 13 horas.
Haverá apresentação de alunos também. Será bem legal.
Como disse, é um BATE BOLA (nome do projeto, aproveitando o momento-Copa). Nós invadimos a Barão e agora eles invadirão a José Emygdio. É uma invasão super proveitosa. Filmamos na Barão e fotografamos. Agora vamos fazer o mesmo na Emygdio. Depois tentar divulgar via CRE.
É trabalho para professores e alunos. É um bate bola entre amigos, uma mesa redonda (redonda de bola) onde discutiremos as questões ligadas à Copa, África e a Literatura. O legal é estar presente no momento para bater a bola mesmo! Entende?
Repetindo: ideia da Lílian, professora da SL. Ela não 10; é MIL! Claro que o projeto, pra dar certo, conta com a participação dos professores colegas palestrantes e dos alunos que também se apresentarão, senão não daria certo. Mas o carro chefe é a Lílian.
Eugenia Maia*
*Eugênia é diretora da E.M. José Emydio, da 5ªCRE
Aguardamos as fotos para publicação no blog!
Na semana passada, o professor Jamaci, de LP, o professor Luiz, de Ed. Fis e eu fizemos uma palestra lá na E.M. Barão da Taquara. Trata-se de um BATE BOLA (nome do projeto) que a professora "mil" da Sala de Leitura da nossa escola está trabalhando nas duas escolas. Então esta semana, três professores de lá farão o mesmo na E.M. José Emygdio. Não vai passar o Vista Minha Pele porque os professores são livres para dar o enfoque que desejarem. O tema é COPA ÁFRICA E LITERATURA. Todos estão convidados. Será dia 26, 4ª-feira, no auditório, às 10 e às 13 horas.
Haverá apresentação de alunos também. Será bem legal.
Como disse, é um BATE BOLA (nome do projeto, aproveitando o momento-Copa). Nós invadimos a Barão e agora eles invadirão a José Emygdio. É uma invasão super proveitosa. Filmamos na Barão e fotografamos. Agora vamos fazer o mesmo na Emygdio. Depois tentar divulgar via CRE.
É trabalho para professores e alunos. É um bate bola entre amigos, uma mesa redonda (redonda de bola) onde discutiremos as questões ligadas à Copa, África e a Literatura. O legal é estar presente no momento para bater a bola mesmo! Entende?
Repetindo: ideia da Lílian, professora da SL. Ela não 10; é MIL! Claro que o projeto, pra dar certo, conta com a participação dos professores colegas palestrantes e dos alunos que também se apresentarão, senão não daria certo. Mas o carro chefe é a Lílian.
Eugenia Maia*
*Eugênia é diretora da E.M. José Emydio, da 5ªCRE
segunda-feira, 24 de maio de 2010
domingo, 23 de maio de 2010
SHOW CONSONÂNCIA
Dia do Show: 23/05/2010
Valor do Couvert: Entrada Franca
Abertura da Casa: 18h00
Horário de início do show: 19:30h
O poeta e músico Guinho Frazão lançará o seu segundo CD no Centro Cultural Carioca. Em seu mais novo trabalho, o CD autoral “CONSONÂNCIA”, Guinho põe em diálogo vários gêneros musicais, que vão da moda de viola à bossa-nova. Como cantor e cavaquinhista já participou de blocos carnavalescos tais como Virtual e Q. M. é Essa e de outros grupos de MPB e Samba.
Neste show de lançamento ele contará com a participação dos músicos Rorigo Marconi: Violão (Arranjador do CD), Chico Araripe: set de bateria e percussão , Edelson Rocha: Tantã e voz, Júlio Paredes: Percussão, Dinho Atayde: voz e violão e participação de Catinha jovem, experiente e simpática cantora de casas noturnas cariocas.
Como convidados especial Guinho receberá Marcus Ferrer conhecido por seu trabalho no campo da música erudita, principalmente, com a viola caipira. Abrindo o show Guinho e Marcos farão um duo de viola caipira , que promete ser marcante e no segundo set, Marcus Ferrer adere ao campo popular executando um violão 7 cordas, instrumento que tocava no início de sua carreira. Mostrará que no samba, não há diferença entre o erudito e o popular.
O show de lançamento do CD “Consonância” será uma grande festa com momentos diferenciados e terminará com sambas de Guinho Frazão, bem no clima dos ensaios carnavalescos.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
CENTENÁRIO DE RACHEL DE QUEIROZ
A PROFESSORA Solange Motta, Profª da SL Paulo Freire enviou-nos uma poesia feita por uma aluna do CREJA(Centro de Referência de Educação de Jovens e Adultos).
“Na comemoração do aniversário da SL e do CREJA, homenageamos a imortal Rachel de Queiroz (em 2010 comemoramos o centenário de seu nascimento).
Realizei uma oficina sobre a autora com todas as turma do CREJA. Os alunos foram incentivados a escreverem sobre ela. Saiu muita coisa legal. Vejam as fotos da comemoração, que aconteceu nos dias 4 e 6 de maio.
Ah! Acho legal dizer que a autora do texto abaixo, Lydia, é aluna do PEJA II e tem 74 anos. Muito emocionante, não?”
NÃO ME DEIXES
Nasceu em Fortaleza
Aos 17 de novembro de 1910
Rachel de Queiroz
Aos cinco anos leu “Ubirajara” de José de Alencar
Sem nada entender
Como gostava de dizer.
Fugindo dos horrores da seca
Foi com seus pais para Belém do Pará
Mas lá só ficou dois anos
Retornando ao Ceará
Inicialmente, para Guaramiranga
E depois para Quixadá.
No Colégio Imaculada Conceição
Aos 15 anos de idade, torna-se professora
Sua formação escolar.
Retorna a fazenda lá em Quixadá
E estimulada por sua mãe
Lê literaturas nacionais e internacionais.
Seus escritos começam a aflorar
Mas não mostrava a ninguém
E quando assinava
O seu nome verdadeiro ocultava.
Aos vinte anos ficou nacionalmente conhecida
Ao seu livro publicar
Com o nome “O Quinze”
Romance que mostra a luta do povo nordestino
Contra a seca e a miséria
Do interior de Fortaleza, Ceará.
Transforma sua fazenda
“Não me deixes” em Reserva Particular
Patrimônio Natural em Quixadá.
Sua eleição para a Academia Brasileira de Letras
Causou em certo frisson nas feministas de então
Numa entrevista em meio ao grande furor
Que sua nomeação causou.
Faleceu na Cidade do Rio de Janeiro
Dormindo em sua rede, aos 92 anos,
Rachel de Queiroz deixou
Um grande legado literário
Tornando-se uma “imortal”.
Lydia Aranda
OBS: "Não me Deixes" era o nome da fazenda de Rachel de Queiroz, em Quixadá.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
12° SALÃO FNLIJ DO LIVRO PARA CRIANÇAS E JOVENS
Serviço
Endereço: Av. Barão de Tefé, 75, Saúde, RJ - Tel: (21) 2233-7460/ 2253-8177 – Zona Portuária
Para saber como chegar, clique aqui.
Quando: De 8* a 19 de junho de 2010
* O dia 8 de junho somente para professores, mediante inscrição prévia pelo e-mail: visitacaoescolar@fnlij.org.br
De segunda a sexta, das 8h30 às 18h; sábados e domingo, das 10h às 20h
Ingresso: R$ 4,00 (gratuidade para maiores de 65 anos, portadores de deficiência, professores da rede municipal e instituições que trabalham com crianças e jovens de comunidades de baixa renda, pré-agendadas com a FNLIJ).
FNLIJ – Tel (21) 2262-9130
O Salão FNLIJ do Livro é um evento de caráter institucional, em que o livro para crianças e jovens, seus autores e editores, e a leitura literária sejam o centro das atenções, por acreditarmos que o texto por si só é importante, não sendo preciso recorrer a outros suportes. No Salão FNLIJ, os livros didáticos, de referência, religiosos ou de auto-ajuda não são expostos nem vendidos. Há 42 anos, a FNLIJ acredita que a formação de leitores se constrói pela prática da leitura literária e é ela que consolida a base humanista dos profissionais de qualquer área.
Com patrocínio da Petrobras, por meio da Lei Rouanet, e apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria Municipal de Educação, o Salão FNLIJ promove, durante 12 dias, uma variedade de encontros do público com os principais escritores e ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil, em meio aos mais relevantes lançamentos das 71 editoras que participam do evento.
Para a realização da edição de 2010, o Salão FNLIJ para Crianças e Jovens conta com o patrocínio da Petrobras e com importantes apoios, como o da Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil - AEILIJ, da Câmara Brasileira do Livro - CBL, do Instituto C&A, da Suzano Papel e Celulose, do Instituto Ecofuturo, do Instituto Indígena Brasileiro de Propriedade Intelectual- INBRAPI, da PriceWaterhouseCoopers, do Sindicato Nacional dos Editores de Livros - SNEL, do Sindicato Nacional dos Professores do Rio de Janeiro – SINPRO, do Centro Regional para o Fomento do Livro na América Latina e Caribe – CERLALC, e da Associação Nacional de Livrarias – ANL.
Pela importância da participação de entidades como a Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil – AELIJ; o Instituto Indígena Brasileiro de Propriedade Intelectual – INBRAPI; o Sindicato Nacional dos Professores do Rio de Janeiro – SINPRO e o Centro Regional para o Fomento do Livro na América Latina e Caribe – CERLALC, no Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens, cede a estrutura dos estandes para que essas instituições possam divulgar os seus trabalhos.
O Salão FNLIJ ganhou nova casa
A mudança do Salão FNLIJ do MAM (Museu de Arte Moderna) para o Centro Cultural da Ação da Cidadania, na Zona Portuária do Rio de Janeiro foi um verdadeiro sucesso, revelando a inclinação do carioca a prestigiar esta nova área da cidade em processo de revitalização. Na "nova casa” podemos oferecer mais espaço para a atividade de leitura e conforto ao público, que vem crescendo a cada ano.
Mais informações sobre o Centro Cultural Ação da Cidadania e seus projetos, acesse o site www.acaodacidadania.com.br
Salão FNLIJ ganha novas bibliotecas
A instalação da biblioteca sempre foi uma característica do Salão FNLIJ como filosofia desta instituição e como uma ação que visa orientar os educadores, os pais e os professores sobre o seu valor social. A biblioteca está presente não apenas como um local onde as crianças e jovens possam desfrutar da leitura de livros de qualidade, mas também como um espaço de formação educacional para os professores, que podem dispor de uma seleção cuidadosa de títulos.
A mudança para o Centro Cultural da Ação da Cidadania permitiu não só o aumento do número de editoras em melhores instalações, como o incremento de espaços de atividades para crianças, adolescentes e educadores. O Salão FNLIJ dispõe para esta edição um Espaço de Leitura e 4 bibliotecas: Biblioteca FNLIJ/Petrobras para Crianças, Biblioteca FNLIJ para Jovens, Biblioteca FNLIJ para Educadores e a Biblioteca do Bebê, esta última uma novidade deste ano, acompanhando a tendência internacional de valorização da leitura desde a mais tenra infância.
Acompanhe a programação de atividades desses espaços no site: www.fnlij.org.br/salao
Sala de Visita
Inspirados pela iniciativa do 7º Momento Literário de Barra Mansa, a FNLIJ preparou para esta edição do Salão um novo espaço para melhor acolher seus visitantes e inspirá-los a criar também em suas casas um ambiente propício à leitura: a Sala de Visita. Este espaço contará com mobiliário comum à maioria das salas de visitas dos brasileiros, com destaque especial para a estante com livros selecionados pela FNLIJ para o deleite dos leitores.
Salão FNLIJ com um auditório para 300 pessoas
Inaugurado na última edição, o auditório, localizado no mezanino do Centro Cultural da Ação da Cidadania, com capacidade para 300 pessoas, configura-se como um espaço com total infraestrutura para a realização de atividades voltadas para especialistas, educadores e profissionais da área de Literatura Infantil e Juvenil. Nesse auditório acontecerá o 12º Seminário FNLIJ de Literatura Infantil e Juvenil, nos dias 16, 17 e 18 de junho, com os temas:
Dia 16 - A Importância da Literatura na Educação de Crianças e Jovens na Coréia do Sul.
Dia 17 - Livros e Leitura desde o berço
Dia 18 - VII Encontro de Autores Indígenas
O auditório também será local para encontro com escritores e atividades, além de palestras com os professores do curso Leitura, Literatura e Formação de Leitores, desenvolvido e realizado pela FNLIJ para a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro. Acompanhe a programação do auditório no site: www.fnlij.org.br/salao
Praça de alimentação do Salão FNLIJ
O evento conta também com uma praça de alimentação pronta para abrigar seus visitantes com conforto, saciando não só sua sede e fome de leitura.
Outros cuidados em relação à segurança e ao conforto também foram tomados, como banheiros, fraldário, bebedouros, posto médico e ambulância para emergências médicas.
Destaques da programação para a 12ª edição do Salão do Livro
O Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens está recheado de atividades, como leitura de livros de qualidade, performance de ilustradores, lançamento de livros, bate-papo com escritores e ilustradores, exposições etc. Estão programados mais de 100 lançamentos de livros, com a presença de aproximadamente 120 autores e muitas atividades de incentivo à leitura.
Nomes consagrados que ajudaram a inscrever a Literatura Infantil e Juvenil brasileira entre as melhores do mundo já confirmaram presença no evento, entre eles: Adriana Falcão, Ana Maria Machado, Anna Claudia Ramos, Bia Hetzel, Caio Riter, Caulos, Eliane Ganem, Fernando Vilela, Flávio Carneiro, Graça Lima, Graziela Bozano Hetzel, Guto Lins, Gustavo Bernardo, Ieda de Oliveira, Jô Oliveira, Joel Rufino dos Santos, Karen Acioly, Kátia Canton, Luciana Savaget, Luiz Antônio Aguiar, Marilda Castanha, Nilma Lacerda, Roger Mello, Ricardo Azevedo, Rui de Oliveira, Stela Maris, Suzy Lee, Socorro Acioli, Ziraldo e muitos outros.
Coréia do Sul é o país homenageado
Já há alguns anos o Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens presta uma homenagem a um diferente país. Os países já homenageados foram: França, em 2001; Cuba, em 2002; Alemanha, em 2006; Suécia, em 2007;Itália, em 2008, e França, em 2009.
Em 2010, o país homenageado é a Coréia do Sul, que traz a participação de autores coreanos, com o apoio dos editores brasileiros, e de especialistas em Literatura Infantil e Juvenil para participarem do 12º Seminário FNLIJ de Literatura Infantil e Juvenil, além de exposições de livros infantis coreanos no estande do país homenageado.
Um livro como presente
O Salão FNLIJ, desde a sua terceira edição, vem garantindo que cada criança e adolescente tenha o direito a levar para casa um livro de acordo com o seu interesse, estendendo, assim, a leitura de literatura para além do período do evento e estimulando a criação da biblioteca pessoal. Para a 12ª edição foram comprados, pela FNLIJ, cerca de 35 mil exemplares para a distribuição gratuita.
O 1º dia do Salão FNLIJ é exclusivo para o professor
O dia 8 de junho é dedicado exclusivamente aos professores do ensino fundamental e médio das redes pública e privada. Nesse dia, os professores participam de visitas guiadas por um especialista ou professor da FNLIJ para conhecer as 71 editoras que expõem no Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens as novidades do mercado editorial voltadas para esse público, participar de um encontro com autor e ilustrador, além de toda a estrutura do evento. Neste dia a entrada é gratuita para os professores, desde que seja feita a inscrição prévia pelo e-mail:visitacaoescolar@fnlij.org.br
Ainda nesse dia, acontece também o 1º Encontro Nacional do Varejo do Livro Infantil e Juvenil, promovido graças à parceria da FNLIJ com a Associação Nacional de Livrarias – ANL, além da abertura oficial do evento. Este encontro destina-se exclusivamente aos livreiros e a inscrição poderá ser feita pelo e-mail: seminário@fnlij.org.br. A cerimônia de abertura oficial do evento é às 17h, no auditório do Salão FNLIJ, com a entrega dos prêmios para os vencedores do Prêmio FNLIJ e Concursos FNLIJ
Endereço: Av. Barão de Tefé, 75, Saúde, RJ - Tel: (21) 2233-7460/ 2253-8177 – Zona Portuária
Para saber como chegar, clique aqui.
Quando: De 8* a 19 de junho de 2010
* O dia 8 de junho somente para professores, mediante inscrição prévia pelo e-mail: visitacaoescolar@fnlij.org.br
De segunda a sexta, das 8h30 às 18h; sábados e domingo, das 10h às 20h
Ingresso: R$ 4,00 (gratuidade para maiores de 65 anos, portadores de deficiência, professores da rede municipal e instituições que trabalham com crianças e jovens de comunidades de baixa renda, pré-agendadas com a FNLIJ).
FNLIJ – Tel (21) 2262-9130
O Salão FNLIJ do Livro é um evento de caráter institucional, em que o livro para crianças e jovens, seus autores e editores, e a leitura literária sejam o centro das atenções, por acreditarmos que o texto por si só é importante, não sendo preciso recorrer a outros suportes. No Salão FNLIJ, os livros didáticos, de referência, religiosos ou de auto-ajuda não são expostos nem vendidos. Há 42 anos, a FNLIJ acredita que a formação de leitores se constrói pela prática da leitura literária e é ela que consolida a base humanista dos profissionais de qualquer área.
Com patrocínio da Petrobras, por meio da Lei Rouanet, e apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria Municipal de Educação, o Salão FNLIJ promove, durante 12 dias, uma variedade de encontros do público com os principais escritores e ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil, em meio aos mais relevantes lançamentos das 71 editoras que participam do evento.
Para a realização da edição de 2010, o Salão FNLIJ para Crianças e Jovens conta com o patrocínio da Petrobras e com importantes apoios, como o da Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil - AEILIJ, da Câmara Brasileira do Livro - CBL, do Instituto C&A, da Suzano Papel e Celulose, do Instituto Ecofuturo, do Instituto Indígena Brasileiro de Propriedade Intelectual- INBRAPI, da PriceWaterhouseCoopers, do Sindicato Nacional dos Editores de Livros - SNEL, do Sindicato Nacional dos Professores do Rio de Janeiro – SINPRO, do Centro Regional para o Fomento do Livro na América Latina e Caribe – CERLALC, e da Associação Nacional de Livrarias – ANL.
Pela importância da participação de entidades como a Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil – AELIJ; o Instituto Indígena Brasileiro de Propriedade Intelectual – INBRAPI; o Sindicato Nacional dos Professores do Rio de Janeiro – SINPRO e o Centro Regional para o Fomento do Livro na América Latina e Caribe – CERLALC, no Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens, cede a estrutura dos estandes para que essas instituições possam divulgar os seus trabalhos.
O Salão FNLIJ ganhou nova casa
A mudança do Salão FNLIJ do MAM (Museu de Arte Moderna) para o Centro Cultural da Ação da Cidadania, na Zona Portuária do Rio de Janeiro foi um verdadeiro sucesso, revelando a inclinação do carioca a prestigiar esta nova área da cidade em processo de revitalização. Na "nova casa” podemos oferecer mais espaço para a atividade de leitura e conforto ao público, que vem crescendo a cada ano.
Mais informações sobre o Centro Cultural Ação da Cidadania e seus projetos, acesse o site www.acaodacidadania.com.br
Salão FNLIJ ganha novas bibliotecas
A instalação da biblioteca sempre foi uma característica do Salão FNLIJ como filosofia desta instituição e como uma ação que visa orientar os educadores, os pais e os professores sobre o seu valor social. A biblioteca está presente não apenas como um local onde as crianças e jovens possam desfrutar da leitura de livros de qualidade, mas também como um espaço de formação educacional para os professores, que podem dispor de uma seleção cuidadosa de títulos.
A mudança para o Centro Cultural da Ação da Cidadania permitiu não só o aumento do número de editoras em melhores instalações, como o incremento de espaços de atividades para crianças, adolescentes e educadores. O Salão FNLIJ dispõe para esta edição um Espaço de Leitura e 4 bibliotecas: Biblioteca FNLIJ/Petrobras para Crianças, Biblioteca FNLIJ para Jovens, Biblioteca FNLIJ para Educadores e a Biblioteca do Bebê, esta última uma novidade deste ano, acompanhando a tendência internacional de valorização da leitura desde a mais tenra infância.
Acompanhe a programação de atividades desses espaços no site: www.fnlij.org.br/salao
Sala de Visita
Inspirados pela iniciativa do 7º Momento Literário de Barra Mansa, a FNLIJ preparou para esta edição do Salão um novo espaço para melhor acolher seus visitantes e inspirá-los a criar também em suas casas um ambiente propício à leitura: a Sala de Visita. Este espaço contará com mobiliário comum à maioria das salas de visitas dos brasileiros, com destaque especial para a estante com livros selecionados pela FNLIJ para o deleite dos leitores.
Salão FNLIJ com um auditório para 300 pessoas
Inaugurado na última edição, o auditório, localizado no mezanino do Centro Cultural da Ação da Cidadania, com capacidade para 300 pessoas, configura-se como um espaço com total infraestrutura para a realização de atividades voltadas para especialistas, educadores e profissionais da área de Literatura Infantil e Juvenil. Nesse auditório acontecerá o 12º Seminário FNLIJ de Literatura Infantil e Juvenil, nos dias 16, 17 e 18 de junho, com os temas:
Dia 16 - A Importância da Literatura na Educação de Crianças e Jovens na Coréia do Sul.
Dia 17 - Livros e Leitura desde o berço
Dia 18 - VII Encontro de Autores Indígenas
O auditório também será local para encontro com escritores e atividades, além de palestras com os professores do curso Leitura, Literatura e Formação de Leitores, desenvolvido e realizado pela FNLIJ para a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro. Acompanhe a programação do auditório no site: www.fnlij.org.br/salao
Praça de alimentação do Salão FNLIJ
O evento conta também com uma praça de alimentação pronta para abrigar seus visitantes com conforto, saciando não só sua sede e fome de leitura.
Outros cuidados em relação à segurança e ao conforto também foram tomados, como banheiros, fraldário, bebedouros, posto médico e ambulância para emergências médicas.
Destaques da programação para a 12ª edição do Salão do Livro
O Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens está recheado de atividades, como leitura de livros de qualidade, performance de ilustradores, lançamento de livros, bate-papo com escritores e ilustradores, exposições etc. Estão programados mais de 100 lançamentos de livros, com a presença de aproximadamente 120 autores e muitas atividades de incentivo à leitura.
Nomes consagrados que ajudaram a inscrever a Literatura Infantil e Juvenil brasileira entre as melhores do mundo já confirmaram presença no evento, entre eles: Adriana Falcão, Ana Maria Machado, Anna Claudia Ramos, Bia Hetzel, Caio Riter, Caulos, Eliane Ganem, Fernando Vilela, Flávio Carneiro, Graça Lima, Graziela Bozano Hetzel, Guto Lins, Gustavo Bernardo, Ieda de Oliveira, Jô Oliveira, Joel Rufino dos Santos, Karen Acioly, Kátia Canton, Luciana Savaget, Luiz Antônio Aguiar, Marilda Castanha, Nilma Lacerda, Roger Mello, Ricardo Azevedo, Rui de Oliveira, Stela Maris, Suzy Lee, Socorro Acioli, Ziraldo e muitos outros.
Coréia do Sul é o país homenageado
Já há alguns anos o Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens presta uma homenagem a um diferente país. Os países já homenageados foram: França, em 2001; Cuba, em 2002; Alemanha, em 2006; Suécia, em 2007;Itália, em 2008, e França, em 2009.
Em 2010, o país homenageado é a Coréia do Sul, que traz a participação de autores coreanos, com o apoio dos editores brasileiros, e de especialistas em Literatura Infantil e Juvenil para participarem do 12º Seminário FNLIJ de Literatura Infantil e Juvenil, além de exposições de livros infantis coreanos no estande do país homenageado.
Um livro como presente
O Salão FNLIJ, desde a sua terceira edição, vem garantindo que cada criança e adolescente tenha o direito a levar para casa um livro de acordo com o seu interesse, estendendo, assim, a leitura de literatura para além do período do evento e estimulando a criação da biblioteca pessoal. Para a 12ª edição foram comprados, pela FNLIJ, cerca de 35 mil exemplares para a distribuição gratuita.
O 1º dia do Salão FNLIJ é exclusivo para o professor
O dia 8 de junho é dedicado exclusivamente aos professores do ensino fundamental e médio das redes pública e privada. Nesse dia, os professores participam de visitas guiadas por um especialista ou professor da FNLIJ para conhecer as 71 editoras que expõem no Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens as novidades do mercado editorial voltadas para esse público, participar de um encontro com autor e ilustrador, além de toda a estrutura do evento. Neste dia a entrada é gratuita para os professores, desde que seja feita a inscrição prévia pelo e-mail:visitacaoescolar@fnlij.org.br
Ainda nesse dia, acontece também o 1º Encontro Nacional do Varejo do Livro Infantil e Juvenil, promovido graças à parceria da FNLIJ com a Associação Nacional de Livrarias – ANL, além da abertura oficial do evento. Este encontro destina-se exclusivamente aos livreiros e a inscrição poderá ser feita pelo e-mail: seminário@fnlij.org.br. A cerimônia de abertura oficial do evento é às 17h, no auditório do Salão FNLIJ, com a entrega dos prêmios para os vencedores do Prêmio FNLIJ e Concursos FNLIJ
sexta-feira, 7 de maio de 2010
FELIZ DIA DAS MÃES
Pensar no dia das mães como um único dia é minimizar o papel que exerce - no presente mesmo, porque é para sempre! - na vida de todos nós: Solidez ou fragilidade, esperança ou angústia, alegria ou tristeza, fé ou descrença, futuro ou ...
Lembrei-me de um poema de Raimundo Cooreia, que meu querido sogro declamava com emoção ímpar e divido com vocês, com uma sugestão de trabalho...
Que tal pedirem aos alunos para ilustrar, depois da leitura do poema? Formem um painel e coloquem na entrada da escola, trazendo para as mães a beleza do poema junto com a reflexão do seu papel na vida dos nossos meninos e meninas. Feliz dias das Mães Todo Dia!
A Leoa
Raimundo Correia
Não há quem a emoção não dobre e vença,
Lendo o episódio da leoa brava,
Que, sedenta e famélica, bramava,
Vagando pelas ruas de Florença.
Foge a população espavorida,
E na cidade deplorável e erma
Topa a leoa só, quase sem vida
Uma infeliz mulher débil e enferma.
Em frente à fera, um estupor de assombro,
Não já por si tremia, ela, a mesquinha,
Porém, porque era mãe e o peso tinha,
Sempre caro pras mães, de um filho ao ombro.
Cegava-a o pranto, enrouquecia-a o choro,
Desvairava-a o pavor!... e entanto, o lindo,
O tenro infante, pequenino e louro,
Plácido estava nos seus braços rindo.
E olhar desfeito em pérolas celestes
Crava a mãe no animal, que pára e hesita,
Àquele olhar de súplica infinita,
Que é só próprio das mães em transes destes.
Mas a leoa, como se entendesse
O amor de mãe, incólume deixou-a...
É que esse amor até nas feras vê-se!
E é que era mãe talvez essa leoa!
Raimundo Correia nasceu a 13 de maio de 1859, abordo do navio São Luiz, ancorado em águas maranhenses. Iniciou sua carreira poética com o livro "Primeiros sonhos", revelando forte influência dos poetas Românticos Fagundes Varela, Casimiro de Abreu e Castro Alves. Em 1883 com o livro "Sinfonias", assume o Parnasianismo e passa formar, ao lado de Alberto Oliveira e Olavo Bilac, a famosa "Tríade Parnasina".
Os temas adotados por Raimundo Correia giram em torno da perfeição formal dos objetos. Ele se diferencia um pouco dos demais parnasianos porque sua poesia é marcada por um forte pessimismo, chegando até a ser sombrio. Ao analisar a obra de Raimundo Correia percebe-se que há nela uma evolução. Ele iniciou sua carreira como Romântico, depois adotou o Parnasianismo e, em alguns poemas aproximou-se da escola Simbolista.
A sua obra é composta por "Primeiros Sonhos"; "Sinfonias"; "Versos e Versões"; "Aleluias" e "Poesias"
Retirado do site: http://www.mundocultural.com.br
Acesso em 07/05/2010
Lembrei-me de um poema de Raimundo Cooreia, que meu querido sogro declamava com emoção ímpar e divido com vocês, com uma sugestão de trabalho...
Que tal pedirem aos alunos para ilustrar, depois da leitura do poema? Formem um painel e coloquem na entrada da escola, trazendo para as mães a beleza do poema junto com a reflexão do seu papel na vida dos nossos meninos e meninas. Feliz dias das Mães Todo Dia!
A Leoa
Raimundo Correia
Não há quem a emoção não dobre e vença,
Lendo o episódio da leoa brava,
Que, sedenta e famélica, bramava,
Vagando pelas ruas de Florença.
Foge a população espavorida,
E na cidade deplorável e erma
Topa a leoa só, quase sem vida
Uma infeliz mulher débil e enferma.
Em frente à fera, um estupor de assombro,
Não já por si tremia, ela, a mesquinha,
Porém, porque era mãe e o peso tinha,
Sempre caro pras mães, de um filho ao ombro.
Cegava-a o pranto, enrouquecia-a o choro,
Desvairava-a o pavor!... e entanto, o lindo,
O tenro infante, pequenino e louro,
Plácido estava nos seus braços rindo.
E olhar desfeito em pérolas celestes
Crava a mãe no animal, que pára e hesita,
Àquele olhar de súplica infinita,
Que é só próprio das mães em transes destes.
Mas a leoa, como se entendesse
O amor de mãe, incólume deixou-a...
É que esse amor até nas feras vê-se!
E é que era mãe talvez essa leoa!
Raimundo Correia nasceu a 13 de maio de 1859, abordo do navio São Luiz, ancorado em águas maranhenses. Iniciou sua carreira poética com o livro "Primeiros sonhos", revelando forte influência dos poetas Românticos Fagundes Varela, Casimiro de Abreu e Castro Alves. Em 1883 com o livro "Sinfonias", assume o Parnasianismo e passa formar, ao lado de Alberto Oliveira e Olavo Bilac, a famosa "Tríade Parnasina".
Os temas adotados por Raimundo Correia giram em torno da perfeição formal dos objetos. Ele se diferencia um pouco dos demais parnasianos porque sua poesia é marcada por um forte pessimismo, chegando até a ser sombrio. Ao analisar a obra de Raimundo Correia percebe-se que há nela uma evolução. Ele iniciou sua carreira como Romântico, depois adotou o Parnasianismo e, em alguns poemas aproximou-se da escola Simbolista.
A sua obra é composta por "Primeiros Sonhos"; "Sinfonias"; "Versos e Versões"; "Aleluias" e "Poesias"
Retirado do site: http://www.mundocultural.com.br
Acesso em 07/05/2010
domingo, 2 de maio de 2010
ESCOLA DE LEITORES
Abrimos aqui um novo espaço de interação para os as escolas finalistas e premiadas do concurso ESCOLA DE LEITORES.
Perverso...
Meu estado era de pura ansiedade. Saí de casa com o peso da frustração nos ombros, pois oficialmente estava fora do encontro. Mas nas mãos, bem perto do coração, alem da muleta, carregava a esperança.
Logo que cheguei fiquei feliz em rever a equipe guerreira da Mídia e um presente há muito esperado: Tesouros de Monifa, tesouro desejado desde o seu lançamento, com direito a dedicatória e autógrafo falando de literatura, sonhos coletivos, gritos nos silêncios. Sônia Rosa me deixou “mais feliz do que pinto no lixo”, como se diz por aí...
Fomos para a sala de reunião e, mais feliz ainda fiquei, ao rever Beth Serra, Marisa Borba, Bia, Ninfa Parreira, Nilma Lacerda e Laura Sandroni – puxa, Laura Sandroni ali, tão pertinho, tão íntima! – Quase não respirava... A sala tinha cheiro de literatura, cheiro de sonhos!
Lá estavam também as companheiras de lutas e infortúnios das Salas de Leitura com seus projetos vencedores, independente de serem sete ou dezesseis, trazendo a tiracolo suas angústias para colocar em prática seus projetos e as alegrias do que já foi feito.
Depois de abraçar e beijar as amigas e encontrar uma posição razoável para a perna operada, me atraquei com um livro apresentado por minha amiga e companheira de muitas jornadas, Inêz – O sindicato dos burros, de Fernando Correia da Silva – e de soslaio observava Laura Sandroni, ali, totalmente ao meu alcance... Não pude terminar a leitura do delicioso texto, porque as colegas de Sala de Leitura queriam conversar sobre nossa situação na luta pela sobrevivência das Salas de Leitura Polo e, consequentemente, do projeto Sala de Leitura. Nossa conversa foi interrompida com a abertura do encontro por Beth Serra que falou sobre a importância do encontro com a ideia de rede, trocas, multiplicação. Estão sendo organizados cadernos com o conteúdo dos encontros. A idéia é que sempre saia um texto escrito.
O primeiro momento coube a Nilma Lacerda que nos trouxe em leitura emocionante Felicidade clandestina, de Clarice Lispector. Segundo Beth, a preocupação no encontro era o conteúdo. Momento mágico! Imediatamente comecei a fazer minhas inferências, lembrando de minha infância, meus prazeres literários, minhas descobertas – Dom Casmurro e Machado aos 11 anos e a fuga para lê-lo no telhado do prédio onde morava, com avidez pré-adolescente...
“O quanto a leitura ainda é uma felicidade clandestina para professores, alunos e todas as pessoas?”, pergunta Nilma. Ler por prazer, ler por deleite, ler por necessidade. Fala-nos da literatura como um dos “Direitos Humanos”, e cita um fragmento de poema de Thomás Antônio Gonzaga, mostrando o quanto a disposição dos fonemas em um verso como “Tocar-te de papoulas na floresta” organiza nossas emoções, dá forma ao caos interior de cada um. (“Tês no começo e no fim, cercando os Pês do meio e formando com eles uma sonoridade mágica que contribui para elevar a experiência amorfa ao nível da experiência organizada, figurando o afeto por meio de imagens, que marcam com eficiência a transfiguração do meio natural. A forma permitiu que o conteúdo ganhasse maior significado e ambos juntos aumentaram nossa capacidade de ver e de sentir.” Antonio Candido. O direito à literatura. In:___. Vários escritos. São Paulo: Duas Cidades; Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2004. p. 179)
Eu ainda estava no devaneio das inferências provocadas pela clandestina felicidade provocada por Clarice/Nilma, e, ao mesmo tempo, querendo registrar tudo que ela falava, quando generosamente Nilma nos passa a palavra. E veio a pergunta surpreendente, pelo menos para mim, feita pela colega Marisa Henrique, da E. M. Maria de Jesus Oliveira: “O que explica a paixão pelos livros por uma pessoa que não tem a literatura cultivada no seu dia a dia?” Era seu caso, filha de pais analfabetos, sem acesso a qualquer texto escrito em casa, sem muito incentivo literário na escola que, parece, não possuía biblioteca, em plena área rural onde vivia e estudava.
Nilma cita Jean Jean Hébrard, no artigo “O autodidatismo exemplar. Como Valentin Jamerey-Duval aprendeu a ler?”, em livro de R. Chartier, Práticas de leitura (2. ed. São Paulo: Estação Liberdade, 2001). Diz que não é possível que se aprenda a ler e a escrever sem que se esteja em uma rede de leitura e escrita. Cita também o filme Rua Casas Negras realizado a partir da autobiografia de Joseph Zobel, escritor martinicano (La Rue Cases-Nègres, no original). Conta-nos também sobre um “toque” de Salviano Santiago a partir da expressão usada para a outra menina, a “dona do livro” que tinha um “prazer perverso” – prazer per verso – quase enlouqueci com mais este suporte de conteúdo fornecido ali, de maneira tão especial, porque simples!
Cita Graciliano Ramos, em especial em Infância e Memórias de Cárcere – que fiquei com muita vontade de reler e observar os detalhes citados – Nilma fechou falando-nos da força da literatura, a força da palavra.
Beth também fala, repetindo a pergunta que sempre nos fazemos em nossos Centros de Estudos de Sala de Leitura: Até que ponto os governantes, os poderosos, querem que formemos leitores críticos e conscientes?
Imediatamente pensei: “talvez por isso, seja tão “necessário” acabar com os mediadores de leitura qualificados...” Falei sobre a importância da escola pública neste processo de formação do leitor, em especial da Sala de Leitura. Beth Serra toca num ponto polêmico sobre o qual frequentemente fala e que discordo sempre de sua fala: que as Salas de Leitura deveriam ser chamadas de Biblioteca na escola, pois é o nome referência mundialmente falando. A concepção de Sala de Leitura nas escolas é a de um espaço lúdico, que reúne diferentes meios como possibilidade de leitura de mundo, que tem um potencial de alcance na escola como um todo. E o bom trabalho de Sala de Leitura que procuramos fazer, mostra que dentro da Sala de Leitura há uma biblioteca, valorizando-a especialmente. Quando apresentamos a Sala de Leitura e tudo que ela contém, falamos das diferentes bibliotecas existentes e de suas especificidades, como as bibliotecas públicas municipais, extremamente burocráticas, com acervo pequeno e de baixa qualidade literária muitas vezes; a biblioteca da Faculdade de Letras, um espaço da academia, assim como a ABL; a biblioteca científica da FIOCRUZ; a Biblioteca Nacional, fonte essencialmente de pesquisa. Por isso defendemos o projeto Sala de Leitura como uma proposta de um espaço lúdico de despertamento e formação do leitor escolar.
Alimentados que ficamos, partimos para o segundo momento, que foi a reunião em grupos das escolas com seus orientadores. Duas questões básicas deveriam ser discutidas pelos grupos: o que originou o projeto de cada escola e como as coisas estavam caminhando no seu desenvolvimento, dificuldades e resultados positivos. Em seguida fomos para a plenária onde cada grupo teria um porta-voz para resumir a discussão.
Agora, passo a palavra para aqueles que ficaram de compilar os relatos de cada grupo. Assim, todos terão oportunidade de conhecer e acompanhar um pouco de cada projeto e do desenvolvimento das atividades nas escolas, suas dificuldades e seus prazeres literários. Minha angústia e frustração descritas no início deste texto, se deve ao fato de ter sido deslocada da minha escola de origem, a Leonel Azevedo, para outra escola por conta do anunciado fim das Salas de Leitura Polo. Como tocar o projeto sem sua coordenadora, perguntam todos na escola? Perverso, não? Outras escolas também sofrem com o mesmo problema.
Este espaço agora é, oficialmente, um ponto de encontro do ESCOLA DE LEITORES, é o espaço do compartilhar. Com a palavra os autores!
Perverso...
Meu estado era de pura ansiedade. Saí de casa com o peso da frustração nos ombros, pois oficialmente estava fora do encontro. Mas nas mãos, bem perto do coração, alem da muleta, carregava a esperança.
Logo que cheguei fiquei feliz em rever a equipe guerreira da Mídia e um presente há muito esperado: Tesouros de Monifa, tesouro desejado desde o seu lançamento, com direito a dedicatória e autógrafo falando de literatura, sonhos coletivos, gritos nos silêncios. Sônia Rosa me deixou “mais feliz do que pinto no lixo”, como se diz por aí...
Fomos para a sala de reunião e, mais feliz ainda fiquei, ao rever Beth Serra, Marisa Borba, Bia, Ninfa Parreira, Nilma Lacerda e Laura Sandroni – puxa, Laura Sandroni ali, tão pertinho, tão íntima! – Quase não respirava... A sala tinha cheiro de literatura, cheiro de sonhos!
Lá estavam também as companheiras de lutas e infortúnios das Salas de Leitura com seus projetos vencedores, independente de serem sete ou dezesseis, trazendo a tiracolo suas angústias para colocar em prática seus projetos e as alegrias do que já foi feito.
Depois de abraçar e beijar as amigas e encontrar uma posição razoável para a perna operada, me atraquei com um livro apresentado por minha amiga e companheira de muitas jornadas, Inêz – O sindicato dos burros, de Fernando Correia da Silva – e de soslaio observava Laura Sandroni, ali, totalmente ao meu alcance... Não pude terminar a leitura do delicioso texto, porque as colegas de Sala de Leitura queriam conversar sobre nossa situação na luta pela sobrevivência das Salas de Leitura Polo e, consequentemente, do projeto Sala de Leitura. Nossa conversa foi interrompida com a abertura do encontro por Beth Serra que falou sobre a importância do encontro com a ideia de rede, trocas, multiplicação. Estão sendo organizados cadernos com o conteúdo dos encontros. A idéia é que sempre saia um texto escrito.
O primeiro momento coube a Nilma Lacerda que nos trouxe em leitura emocionante Felicidade clandestina, de Clarice Lispector. Segundo Beth, a preocupação no encontro era o conteúdo. Momento mágico! Imediatamente comecei a fazer minhas inferências, lembrando de minha infância, meus prazeres literários, minhas descobertas – Dom Casmurro e Machado aos 11 anos e a fuga para lê-lo no telhado do prédio onde morava, com avidez pré-adolescente...
“O quanto a leitura ainda é uma felicidade clandestina para professores, alunos e todas as pessoas?”, pergunta Nilma. Ler por prazer, ler por deleite, ler por necessidade. Fala-nos da literatura como um dos “Direitos Humanos”, e cita um fragmento de poema de Thomás Antônio Gonzaga, mostrando o quanto a disposição dos fonemas em um verso como “Tocar-te de papoulas na floresta” organiza nossas emoções, dá forma ao caos interior de cada um. (“Tês no começo e no fim, cercando os Pês do meio e formando com eles uma sonoridade mágica que contribui para elevar a experiência amorfa ao nível da experiência organizada, figurando o afeto por meio de imagens, que marcam com eficiência a transfiguração do meio natural. A forma permitiu que o conteúdo ganhasse maior significado e ambos juntos aumentaram nossa capacidade de ver e de sentir.” Antonio Candido. O direito à literatura. In:___. Vários escritos. São Paulo: Duas Cidades; Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2004. p. 179)
Eu ainda estava no devaneio das inferências provocadas pela clandestina felicidade provocada por Clarice/Nilma, e, ao mesmo tempo, querendo registrar tudo que ela falava, quando generosamente Nilma nos passa a palavra. E veio a pergunta surpreendente, pelo menos para mim, feita pela colega Marisa Henrique, da E. M. Maria de Jesus Oliveira: “O que explica a paixão pelos livros por uma pessoa que não tem a literatura cultivada no seu dia a dia?” Era seu caso, filha de pais analfabetos, sem acesso a qualquer texto escrito em casa, sem muito incentivo literário na escola que, parece, não possuía biblioteca, em plena área rural onde vivia e estudava.
Nilma cita Jean Jean Hébrard, no artigo “O autodidatismo exemplar. Como Valentin Jamerey-Duval aprendeu a ler?”, em livro de R. Chartier, Práticas de leitura (2. ed. São Paulo: Estação Liberdade, 2001). Diz que não é possível que se aprenda a ler e a escrever sem que se esteja em uma rede de leitura e escrita. Cita também o filme Rua Casas Negras realizado a partir da autobiografia de Joseph Zobel, escritor martinicano (La Rue Cases-Nègres, no original). Conta-nos também sobre um “toque” de Salviano Santiago a partir da expressão usada para a outra menina, a “dona do livro” que tinha um “prazer perverso” – prazer per verso – quase enlouqueci com mais este suporte de conteúdo fornecido ali, de maneira tão especial, porque simples!
Cita Graciliano Ramos, em especial em Infância e Memórias de Cárcere – que fiquei com muita vontade de reler e observar os detalhes citados – Nilma fechou falando-nos da força da literatura, a força da palavra.
Beth também fala, repetindo a pergunta que sempre nos fazemos em nossos Centros de Estudos de Sala de Leitura: Até que ponto os governantes, os poderosos, querem que formemos leitores críticos e conscientes?
Imediatamente pensei: “talvez por isso, seja tão “necessário” acabar com os mediadores de leitura qualificados...” Falei sobre a importância da escola pública neste processo de formação do leitor, em especial da Sala de Leitura. Beth Serra toca num ponto polêmico sobre o qual frequentemente fala e que discordo sempre de sua fala: que as Salas de Leitura deveriam ser chamadas de Biblioteca na escola, pois é o nome referência mundialmente falando. A concepção de Sala de Leitura nas escolas é a de um espaço lúdico, que reúne diferentes meios como possibilidade de leitura de mundo, que tem um potencial de alcance na escola como um todo. E o bom trabalho de Sala de Leitura que procuramos fazer, mostra que dentro da Sala de Leitura há uma biblioteca, valorizando-a especialmente. Quando apresentamos a Sala de Leitura e tudo que ela contém, falamos das diferentes bibliotecas existentes e de suas especificidades, como as bibliotecas públicas municipais, extremamente burocráticas, com acervo pequeno e de baixa qualidade literária muitas vezes; a biblioteca da Faculdade de Letras, um espaço da academia, assim como a ABL; a biblioteca científica da FIOCRUZ; a Biblioteca Nacional, fonte essencialmente de pesquisa. Por isso defendemos o projeto Sala de Leitura como uma proposta de um espaço lúdico de despertamento e formação do leitor escolar.
Alimentados que ficamos, partimos para o segundo momento, que foi a reunião em grupos das escolas com seus orientadores. Duas questões básicas deveriam ser discutidas pelos grupos: o que originou o projeto de cada escola e como as coisas estavam caminhando no seu desenvolvimento, dificuldades e resultados positivos. Em seguida fomos para a plenária onde cada grupo teria um porta-voz para resumir a discussão.
Agora, passo a palavra para aqueles que ficaram de compilar os relatos de cada grupo. Assim, todos terão oportunidade de conhecer e acompanhar um pouco de cada projeto e do desenvolvimento das atividades nas escolas, suas dificuldades e seus prazeres literários. Minha angústia e frustração descritas no início deste texto, se deve ao fato de ter sido deslocada da minha escola de origem, a Leonel Azevedo, para outra escola por conta do anunciado fim das Salas de Leitura Polo. Como tocar o projeto sem sua coordenadora, perguntam todos na escola? Perverso, não? Outras escolas também sofrem com o mesmo problema.
Este espaço agora é, oficialmente, um ponto de encontro do ESCOLA DE LEITORES, é o espaço do compartilhar. Com a palavra os autores!
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